Uma característica da Ananda-grávida é fazer perguntas mirabolantes o tempo inteiro sobre o futuro próximo. Não sei se a explicação é hormonal, creio que seja. Só sei que tem que ter paciência (a do Fábio, coitado, tem que ser infinita).
Exemplos recentes:
– Como vou dar conta de cuidar de dois bebês durante todas as manhãs (Vítor vai na escola só de tarde)?
– Como vai ser o primeiro encontro do Vítor com a irmã?
– Quanto tempo vai durar o parto (dizem que o segundo é mais rápido, então se o primeiro foi vapt-vupt, como será o segundo)? Vai dar tempo de chegar no hospital (dois medos inexplicáveis que eu tenho: ganhar bebê na rua e a bolsa romper em algum lugar que não seja a minha casa)?
– Vou conseguir tirar a minha sagrada soneca depois do almoço no fim de semana com dois filhos? Preocupação master!
– Vou conseguir sair de casa com dois bebês sem a ajuda de alguém? Como vou carregar tudo que preciso? Vai ter mão pra tudo?
E segue por aí. Detalhes que as perguntas surgem quando o Fábio tá quase, quase dormindo. Ele dá respostas super animadoras: “Aham”, “Com certeza”, “Sim, amor, agora dorme um pouquinho”.
Pelo menos eu sei que sou chata, né?