É oficial: nossa casa é um circo.
Ontem, o Fábio tinha um compromisso de trabalho à noite. Então, fiquei sozinha com a turma no horário mais caótico possível. Era choro atrás de choro. Sempre tinha alguém resmungando, me pedindo algo ou aprontando.
Em resumo: a Clara comeu papel, o Vítor deu macarrão de colher para o Dexter e o Dexter fez xixi dentro da toca de bolinhas das crianças. É mole?
Contudo, o que observei e mais chamou a minha atenção foi que tenho gritado demais. É a minha defesa, a forma de abraçar o terror e, principalmente, de expressar força e não bater. Mesmo assim, tudo isso não justifica tamanha gritaria, né?
Derrubou o giz de cera no chão: eu grito. Bateu na irmã: eu grito. Latiu (o cachorro, no caso): eu grito.
O interessante é que o Vítor começou a reproduzir isso. Agora, tudo que foge do seu controle físico e emocional é manifestado em forma de grito. Um exemplo é quando a Clara começa a chorar. Ele, sem saber o que fazer, coloca a boca no mundo e grita junto. A pequena, assustada, chora mais ainda. Pobres vizinhos!
O comportamento serviu como um alerta. Eu preciso controlar minhas emoções e aprender a lidar com meus sentimentos sem gritar. Além disso, a observação reforçou algo que parece óbvio e simples, mas que de vez em quando esquecemos ou deixamos de lado: as crianças aprendem a partir da gente. Ou seja, é incoerente ensinar a bater batendo, não? O mesmo vale para os gritos. Como vou ensinar a não gritar aos berros?
Agora, uma pergunta que é para ser respondida nos comentários, please: como controlar a energia/emoção/frustração que insiste em sair de forma estridente e ensurdecedora? Como vocês lidam com isso?
Aqui tá difícil, minha gente. O combo bebê doentinho-com-dente-nascendo-e-querendo-engatinhar + mano em pleno terrible 2 está acabando comigo.