Arquivo mensal: maio 2011

Sobre o corpo, a mente e a alma depois do parto

PARTO

No fim da gravidez eu só pensava na hora do parto. Pesquisei, li, busquei informações. Queria saber tudo que poderia acontecer, o que eu iria sentir, como seria.

Quando a bolsa estourou não conseguia acreditar que era verdade, que o momento que eu tanto esperava estava ali, acontecendo, no gerúndio mesmo.

Banho, contrações, hospital, dilatação, sala de parto, dor, força, bebê. Tudo isso em 1 hora e 17 minutos (a bolsa estorou às 20:22 e o Vítor nasceu às 21:39). Ou seja, meu corpo invadido por hormônios e seguindo os passos da minha natureza interior em segundos.

Meu parto foi normal e rápido, mas não escapei do fórceps e da episiotomia. Acredito que por isso minha recuperação foi um pouco mais lenta e dolorida. Eu me sentia bem, porém os pontos estavam ali para me lembrar o tempo todo que eu recém tinha parido. Aliás, um dos pontos ainda está ali, mesmo depois de quase 2 meses (essa semana eu tenho consulta e vou me despedir desse resquício do parto).

Sabe que foi estranho, mas por mais que eu tenha preparado meu corpo e minha mente para o parto muitas coisas foram diferentes do que eu imaginava. Não que isso tenha causado alguma frustração, apenas me mostrou outras possibilidades. Por exemplo: li relatos de parto normal, parto normal induzido, parto natural, parto em casa, cesárea, mas nenhuma vírgula sobre parto com uso de fórceps. Nada, nadinha. Outro exemplo: em todos os relatos as mães descreviam o momento do nascimento do filho como mágico, sublime. Sorry, não senti nada disso. Era como se eu estivesse em outra órbita, vendo tudo acontecer sem ser a protagonista da história. A dor era tanta que não conseguia nem falar. Eu estava muito concentrada e demorou para eu me situar novamente.

Claro que hoje quando lembro do parto eu fico emocionada. Tento guardar cada segundo na minha memória. Agora, sem dor, sem sangue e de pernas fechadas eu posso afirmar que aquele dia foi realmente mágico, especial. Entretanto, na hora eu estava fora de mim.

AMAMENTAÇÃO

Depois do parto é a vez do corpo trabalhar para amamentar o pequeno ser que acaba de nascer. No hospital foi tudo tranquilo, os primeiros dias em casa também. Não sei dizer exatamente o dia que o leite “desceu”, lembro só da sensação do seio pesado e quente.

Então eu e o Vítor fomos nos conhecendo e tudo estava ótimo até o peito rachar. Nossa, quanta dor! E para completar o pequeno queria só mamar! Ou seja, ficava pendurado em mim. Daí depois de uma noite inteira com ele mamando quase que sem parar eu entrei em desespero e tive que apelar para o leite artificial. Só assim o menino sossegou e consegui recuperar meu seio.

Fiquei chateada em ter que oferecer NAN para o meu filho, mas tentei não pensar muito nisso. O bom foi que o leite artificial e a mamadeira me deram fôlego para eu me concentrar mais na amamentação, ter mais paciência. Além disso, ganhei um pouco de liberdade, pois agora posso deixar o Vítor com o pai ou com a avó sem me preocupar se ele vai sentir fome.

BABY BLUES

Baby blues é um período de melancolia pós parto. Eu fiquei um pouco deprimida por aproximadamente uma semana depois do nascimento do Vítor. Chorava por qualquer coisinha, estava super emotiva. O Fábio chegava a rir de mim quando eu começava a fazer biquinho.

Acho que faz parte do período de adaptação mesmo. Primeira semana com o novo interante da família, muitas visitas, sem tempo para cuidar da casa, dar atenção ao cachorro, enfim… muitas tarefas e novidades. Eu me sentia frustrada por não conseguir dar conta de tudo. Sou um tanto controladora, gosto de estar por dentro do que acontece ao meu redor. Muitas coisas prefiro fazer eu mesma do que pedir ajuda. Daí que quando o Vítor nasceu eu precisava me dedicar totalmente, quase 24 horas de atenção para ele. Sem falar que eu estava cansada. Sem falar que eu sentia dor. Foi complicado, mas tive que ceder e aceitar todo suporte que a minha família oferecia. No fim das contas deu tudo certo e o baby blues logo foi embora!

Claro que nem tudo é só alegria agora. Têm dias que não consigo fazer o que eu gostaria. Qualquer dorzinha de barriga muda a nossa rotina e deixa o bebê carente, querendo muito colinho. Aliás, ter uma criança em casa faz com que a vida não seja nada prevísivel. Então às vezes eu me sinto frustrada mesmo, não tem como fugir desse sentimento de #mãedemerda, principalmente quando eu fico sem saber o que fazer.

CORPO

Nova vida, novo corpo. E que corpo! Seios gigantes, estrias por todos os lados (algumas que eu não enxergava durante a gravidez me apavoraram depois que o barrigão foi embora).

Entretanto o que mais me apavorou mesmo depois do parto foi a pança. Gente, o que é aquilo? O Vítor nasceu domingo de noite. Segunda de manhã acordei às 6 e quis ir direto para o banho. Quando tirei o modelito gracioso do hospital fiquei chocada com a gelatina que estava instalada no meu ventre. É assim?! Tchau bebê, olá flacidez mode ON turbo total?!

Tive que recorrer à cinta pós parto tamanho GG (tão maravilhosa quanto um sutiã de amamentação BEGE). E aquele tréco me apertava de um jeito que tive que ser persistente para aguentar firme e não jogar a peça pela janela.

Mas agora, quase 2 meses depois, a barriga já está voltando para o lugar dela. Durante a gravidez engordei 13 quilos. Uma semana depois me pesei e tinha perdido 8. Atualmente não sei meu peso, porém acredito que mais uns 2 também devem ter ido embora.

MATERNIDADE

Não existem clichês palavras para descrever o sentimento de ser mãe. É algo que nasce no coração, brota no corpo e costura nossa alma.

Apaixonada, é assim que estou. Cada dia mais. Para sempre mais.

Presentinhos da semana

Nos últimos dias ganhei mais dois selinhos aqui pro blog! O primeiro deles veio da Mamãe do João Pietro.


A regra é indicar 10 amigas blogueiras. Vou aproveitar para mandar o presentinho para mamães que comecei a acompanhar a pouco tempo:

– Renata, A Caminho da Maternidade
– Claudia, Blog da Clauo
– Vivian, Coisas de Menino
– Luciana, Descobertas
– Priscilla, Mãe de Duas
– Ju, Mil Faces de Juliana
– Débora, O mundo de Vicente
– Mariana, Diário de Bordo
– Wania, Eu e Meu Universo
– Bia, Eu quero mais

O outro selinho ganhei da querida Sarah, a Mãe do Bento.


A regra é citar 7 coisas sobre mim e indicá-lo também para 10 blogs. Vamos lá:

1. Tenho 22 anos.
2. Sou jornalista e apaixonada pela profissão que escolhi.
3. Morei na Inglaterra por 7 meses.
4. Conheci o Fábio em Londres.
5. Sou uma pessoa totalmente intensa.
6. Sou gremista. Já fui super ligada em futebol, mas hoje curto com muita moderação.
7. Minha especialidade na cozinha é lasanha.

Indico o selinho para as mesma pessoas ali de cima 😉

Mamãe, já sei sorrir!

Vítor começou a responder nosso mimimi bebê lindo da mamãe, olha aqui pro papai meu bolachão fofo com risadinhas lindas! E tenho que dizer: ô delícia! Coisa mais gostosa receber um sorriso banguela!

Fica aqui meu desejo de um bom fim de semana com algumas imagens de carinhas fofas dele 😉

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Sobre a dor de ouvido… ele já está bem melhor. Noite passada dormiu direitinho e não tivemos mais aquele chororô de dar dó. AMÉM!

Rápidas super rápidas antes que o bebê chore

Gente! Novidade: vou ser estrela de um filme. O nome já foi escolhido: “História de uma mãe panda. Baseada em uma noite não dormida”.

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Um aviso: a história não é nenhum romance, é drama. Drama puro!

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Agora vou falar sério: tô fazendo um intensivo especial para mães de primeira viagem. A primeira aula foi icterícia (confira a matéria aqui e aqui). Depois veio gripe e refluxo. O conteúdo problema da vez é infecção no ouvido.

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Vítor tá ruim, ruim. Tadinho, a dor no ouvido atacou mesmo. Segundo o pediatra é tudo culpa do maldito refluxo. Leitinho volta e fica em um canal atrás do ouvido. Daí dá merda inflama.

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E a mamãe, como fica? Um CA-CO! Noite passada dormi 40 minutos. Exatamente… 40 míseros minutinhos e ainda nem foi tudo de uma vez. Foram 20 às 4 da manhã e mais 20 às 7. O resto da noite? Buá, buá, buá, nhé, nhé (e muito tapas na cara da mãe e puxões de cabelo raivosos de um babyzinho louco de tanta dor).

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E para completar tenho outras novidades. Uma boa e uma ruim. Qual vocês querem primeiro?

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Tá, vou começar pela boa! Eu vou ser titia! Isso mesmo, a irmã do Fábio está grávida de 6 semanas. Família feliz e muitos vivas!

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Já dei um conselho pra ela: dorme, cunhada! Dorme porque depois o bicho pega. Com sorte tu vai conseguir dormir direito quando teu filho tiver uns 25 anos (isso se ele não tiver um filho chorando no colo e te ligar de madrugada desesperado pra perguntar o que fazer – sim, eu fiz isso ontem, liguei para mãezinha).

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Ah, agora a novidade ruim. Descobri estrias atrás do joelho. RÁ! Isso só acontece comigo, né?! Diz que não, por favor!

O papai foi trabalhar

Sim, hoje foi nosso primeiro dia sozinhos, sem o papai em casa. Pelo “sozinhos” entende-se: eu, o filho e o filhote (Dexter, nosso cachorrinho Lhasa Apso de 6 meses, o irmãozinho mais velho do Vítor).

O Fábio estava trabalhando em casa desde que a gente voltou de Londres, mas agora trocou de atividade e vai ficar fora o dia inteiro. Ele começou hoje e o negócio foi “Se vira nos 30”.

O dia pra mim começou às 5 da manhã. O Vítor acordou, parece que estava pressentindo que o papai ia sair. Ele mamou e demorou um pouquinho para dormir de novo, pegou no sono por volta das 6 e meia.

Quando ele dormiu já estava na hora do Fábio sair e o Dexter começou a chorar (outro que estava sentindo que o dia só com a mamãe não seria fácil). Fiquei na sala com ele, fiz carinho, brinquei um pouquinho e às 7 consegui deitar na cama para uma soneca até a próxima mamada.

Foi eu deitar na cama que o Dexter começou a chorar de novo. Fiz de conta que não estava ouvindo. Minha tática não funcionou e tive que levantar de novo. Soltei o malinha (ele dorme na sala) e voltei para o quarto.

Consegui cochilar até às 9, hora que o Vítor acordou de novo. Ele mamou, brincou um pouquinho com a mamãe e dormiu. Consegui arrumar a cama, abrir a casa e ajeitar umas coisinhas. Dei uma atenção para o Dexter e fui para casa da minha vó almoçar (ninguém merece cozinhar para uma pessoa só… além disso, convenhamos que uma comidinha da vovó é ouro!).

Voltei para casa e minha tarde se resumiu a PEITO. Sim, o Vítor estava com dorzinha de barriga e passou praticamente a tarde toda mamando. No fim do dia dei banho nele e minha mãe nos buscou para dar uma volta.

Quando cheguei o Fábio já estava em casa e daí foi só alegria! Bebê com saudade, cachorro com saudade, mamãe com saudade também!

Até que o dia passou rápido e o mais importante é que sobrevivemos! Eu estava sofrendo por antecipação imaginando o momento que teria que ficar sozinha com os “meninos” (claro que o almoço na vó ajudou).

Não foi tão complicado como eu achava que seria, entretanto não conseguir fazer NADA de serviço doméstico (RÁ!, a pessoa além de dar banho, amamentar, trocar fralda, dar amor, carinho, fazer dormir e aconchegar o baby também tem que limpar, lavar, passar e cuidar de todo pacote chamado casa).

No entanto eu estava preparada (RÁ! 2). Ontem deixei o Vítor com a minha mãe e aproveitei para ter um domingão do faxinão. Dei uma geral na casa, assim não fico na neura da limpeza essa semana. E seja o que Deus quiser!

Meu primeiro selinho ;)

As regrinhas são:

1- Link  a pessoa que lhe presenteou c/ o selinho: Rosi, mãe do Dudu e blogueira do Mundinho Particular.

2- Indicar 6 amigas (os) para recebê-lo!

Mari, do Diário de uma mãe polvo!
Marcia, do A mamãe chegou!
Juu, do Era uma vez nós três!
Sarah, a Mãe do Bento
Lu, do Nosso grãozinho de bico
Ivana, do Coisa de Mãe

3- Exibir o selinho no seu blog.

4- Avisar aos indicados.

5- Responder as perguntinhas:

*O que marcou sua infância que te deixa saudade?
Os domingos na casa da minha avó paterna. Eu passava o dia brincando com meus primos no quintal e a gente se divertia muito.

*O que mais te apaixona no seu filho?
Eu sou louca pelas caretas que ele faz! Acho uma graça cada nova expressão e posso ficar horas babando.

*Qual foi o momento mais dificil  nos primeiros dias como mãe?
Foi não conseguir dormir tanto quanto eu gostaria e precisava.

*E o momento mais feliz /emocionante após o nascimento do baby?
Acredito que foi o dia que chegamos em casa.

*Qual era a sua segunda opção de nomes para o baby? Se menino(a)?
A opção número 1 por muito tempo foi Joaquim. Se fosse menina uma das ideias era Débora.

*Pretende ser mãe novamente? Se sim, quando? Se não, por que?
Quero ter mais filhos, mas ainda não sei quando. Tudo vai depender de fatores como emprego, situação financeira e desenvolvimento do Vítor.

Rapidinhas e agradecimentos

Antes de mais nada quero agradecer às blogueiras que abraçaram o tema amamentação e escreveram lindos relatos. Passei em todos os blogs e já deixei os devidos comentários. Fiquei super feliz com o resultado da blogagem coletiva. Acredito que foi uma grande oportunidade de compartilhar experiências.

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Como já comentei aqui e aqui o selinho da blogagem foi feito por uma amiga designer, Joana Heck. Ela também merece meu super obrigada, pois o resultado ficou lindo! Quem quiser conhecer um pouquinho mais do trabalho dela pode acessar o site ou os blogs Bloco de Desenho e Cortinaberta. #ficaadica

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Vamos agora aos últimos acontecimentos aqui em casa. Eu tinha comentado no texto da blogagem coletiva que as coisas estavam mudando. Decidi deixar a livre demanda e começar um esquema de rotina com o Vítor. E não é que deu certo? O pequeno não só parou de trocar o dia pela noite, mas também começou a dormir a noite INTEIRA. Sim, ele mama por volta da 1 da manhã e depois vai direto até mais ou menos 9 horas. Eu não podia querer coisa melhor!

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Mas eaí, como que é essa tal de rotina? Pois bem, calma que eu explico.

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Eu adotei o sistema proposto pela Encantadora de Bebês (já tinha falado dela aqui). É o tal do E.A.S.Y.: eat (comer), activity (atividade), sleep (dormir) e you (você). Ou seja, a rotina da criança fica regulada em ciclos de aproximadamente 3 horas.

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Claro que não deixo o Vítor chorando de fome. Ele já mamava mais ou menos de 3 em 3 horas. A diferença é que ele acabava dormindo no seio. Além disso, o peito era solução para todo e qualquer problema. Agora espero um pouco e tento distraí-lo com outras coisas, com o móbile e músicas, por exemplo. Comecei a identificar melhor os choros dele e a entender as suas reclamações. Tenho que confessar que em menos de uma semana nossa vida melhorou bastante. Não só pelo sono da noite (nada mais divino do que dormir 8 horinhas direto), mas também pelo nosso entendimento como mãe e filho.

Amamentação: as delícias e as dificuldades

Blogagem Coletiva
Selinho by Joana Heck

A amamentação era um tema que não estava na lista dos meus favoritos durante a gravidez. Era algo que eu sabia que ia vivenciar, mas não imaginava como seria. Ou melhor… quando eu pensava no assunto acreditava que seria algo natural, imediato e tranquilo.

Eu estava enganada. Sim, amamentar é algo natural, faz parte da natureza humana e da nossa condição de mamífera. No entanto, não é imediato e muito menos tranquilo. Pelo menos não o tempo todo.

O Vítor nasceu de parto normal e logo veio para o meu colo. Contudo, eu estava absolutamente esgotada depois do trabalho de parto, então fiquei um pouco com ele e nem perguntei sobre a possibilidade de amamentar naquele instante.

Quando ele foi levado pelo pai para o quarto tivemos a oportunidade de experimentar a amamentação. Uma enfermeira me ajudou a posicioná-lo e deu tudo certo. Ele mamou por alguns minutos e adormeceu no meu peito. Foi a nossa descoberta como mãe e filho.

Ficamos menos de 24 horas no hospital e durante esse período não tive problemas com a amamentação. Na verdade era necessário acordar o Vítor para mamar, pois se deixasse ele dormiria direto. Apesar disso, perdeu pouco peso, apenas 100 gramas que foram recuperadas já nos primeiros 3 dias.

Ele sempre pegou o peito direitinho. Tem a famosa “pegada” que as enfermeiras e os médicos falam. Porém, já na primeira semana tive que pedir para a minha mãe correr na farmácia para comprar uma pomada, pois meu seio estava começando a rachar.

Eu sentia muita dor, tanto que torcia para a próxima mamada demorar o máximo possível. Mesmo assim eu não deixava de amamentar sempre que meu filho pedia. Aqui em casa a livre demanda ERA lei (já explico porque não é mais assim que funciona).

Dois ou três dias depois a dor aliviou e consegui ficar mais tranquila para alimentar meu filhote (e que menino guloso, tenho que dizer!). Comecei a curtir o ato de amamentar e esse ficou sendo nosso momento máximo de intimidade e cumplicidade.

Tudo estava lindo e maravilhoso até que chegou A noite. Sim, a noite que fiquei com meu filho pendurado no peito praticamente o tempo todo.

Foi super cansativo, tanto pelo lado físico quanto pelo emocional. Chegou uma hora que quando ele estava mamando eu chorava (de cansada e de dor). Quando eu o tirava ele que chorava. E foi assim até às oito da manhã.

Eu pensei em todas as possibilidades (e em várias bobagens também): que meu leite não era suficiente, que ele poderia estar com alguma dor e mamava para tentar aliviar, que eu não tinha mais leite, que eu era uma péssima mãe por não conseguir amamentar meu bebê e várias outras coisas.

E foi depois dessa noite que o NAN entrou na nossa vida. E ele veio acompanhado da mamadeira, pois leite em seringa ou copinho não rolou aqui em casa.

Foi uma decisão difícil, carregada de culpa e que levou embora minha vontade de amamentar exclusivamente até os 6 meses. No entanto, o desgaste e a dor me venceram.

Felizes para sempre com a mamadeira? Não, muito pelo contrário. Quer dizer… as coisas melhoraram sim, porém tento dar leite artificial apenas uma ou duas vezes por dia, geralmente como complemento. Então o esforço é diário para que o peito seja suficiente e quem sabe a gente consiga largar o NAN em breve.

De qualquer forma, eu já me livrei da culpa. Aceitei que o que importa é meu filho manter seu ritmo de crescimento e se desenvolver com saúde.

Agora sobre a livre demanda. Desde o início eu tentei seguir o ritmo do Vítor, tanto de dormir quanto de mamar. Acontece que ele começou a trocar o dia pela noite. Exatamente. O mocinho fica acordado e grudado no peito até às 4, 5 da manhã e depois dorme feliz da vida de pancinha cheia até o meio dia. DI-RE-TO.

Ele dorme 6, 7 horas seguidas, mas de manhã, não de noite, como a mamãe e qualquer ser humano gostaria. Então a conclusão foi: precisamos de uma rotina. URGENTE!

Começamos essa semana uma tentativa de ajustar os horários. Então bye bye livre demanda (pelo menos temporariamente). Estamos regulando as mamadas para de 3 em 3 horas.

Claro que sou flexível e não vou deixar o Vítor chorando de fome. Contudo, quando ele começa a resmungar eu tento enrolar. Coloco no berço e dou corda no móbile (malditos móbiles de corda) ou se o tempo estiver bom dou uma voltinha de sling com ele na rua. Geralmente funciona.

E para fechar o texto fica a minha definição do ato de amamentar em uma palavra: entrega.

Entrega ao tempo. Entrega ao amor. Entrega ao meu filho.

* Aqui vou montar a lista de blogs participantes da blogagem coletiva. Quem for participar é só deixar um comentário com o link 😉

1 + 1 são três
A mamãe chegou!
AMS Brasil
Casa da Ju
Closet da Helô
Coisa de Mãe
Coisas de Menino
Coisas de Tati
Descobertas
Diário de uma mãe polvo!
Diversão em família
Educar com Carinho
Eu e Meu Universo
Eu me desenvolvo e evoluo com meu filho!
Eu quero mais
KTRALHAS
Mãe do Bento
Mãe Perfeita
Mamãe do João Pietro
Minha vida com Maluh
Mulheres Mães
Olá enfermeiros!
O mundo de Vicente
Para quem vai chegar
Se for assim, tá bom!
Sempre juntas!!! Doce Sophia
Sou mãe pra valer
Super Duper
Sylvia & Bruno
Tagarelices de uma filha, Pensamentos de uma mãe
Universo Materno
Um espaço para chamar de meu
viciados em colo

Desdobramentos do dia das mães

No dia das mães minha irmã Rafaela chegou toda de mansinho com uma embalagem de presente nas mãos (a Rafa tem 10 anos). Ela me deu um chocolate que comprou com a própria mesada. Fiquei toda derretida pelo carinho dela, mas eu ainda não tinha visto nada!


Durante a semana fui comer o chocolate e não é que tenho outra surpresa?

Ela tinha escrito no verso da embalagem:


MORRI! #coisamaislinda