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Escola x babá

Semana passada fui visitar uma amiga com bebê pequeno que está vivendo o dilema escola x babá.

Aqui em casa tivemos as duas experiências. O Vítor começou a adaptação na escola com 4 meses e permaneceu até quase 2 anos. Já a Clara ficou comigo direto até praticamente 6 meses e agora fica com a babá quatro manhãs por semana.

O que eu percebo, como principal diferença, é no que se refere às doenças. Frequentando a escola, é inevitável que as crianças fiquem mais expostas e vulneráveis. O Vítor, no primeiro ano de vida, teve virose (mais de uma), gripe, bronquiolite e catapora (que eu me lembre!). Já a Clara, com 8 meses, está na sua segunda doencinha. Ela teve no primeiro mês de vida uma crise de bronquiolite e agora está com sinusite.

Entretanto, cada situação é muito particular. Abaixo uma lista com tópicos que considero importante avaliar na hora de decidir entre uma escola ou uma babá:

– Segurança: a escola é confiável? E a babá? Buscar referências sempre, para ambos os casos.
– Alimentação: a alimentação é saudável e adequada na escola? Em casa, eu continuarei sendo a principal responsável pelo que os meus filhos vão comer, pois a babá vai oferecer o que eu comprar e orientar.
– Financeiro: o que é mais em conta? Uma mensalidade ou um salário? Isso varia muito, também em função do número de filhos e do número de horas (aqui, por exemplo, um salário é mais em conta do que duas mensalidades de meio turno).
– Localização: a escola é perto de casa ou do trabalho? É importante avaliar o tempo de deslocamento, principalmente em grandes cidades. Com a babá existe o conforto de não precisar tirar as crianças de casa, especialmente no inverno.
– Atenção individual: qual o tamanho da turma na escola? A professora tem condições de observar e atender a criança também na sua individualidade?
– Ambiente externo: a escola possui ambiente ao ar livre? As crianças fazem atividades nesse espaço? Eu considero isso muito importante, pois moramos em apartamento e nem sempre conseguimos proporcionar atividades externas com regularidade.

Enfim, como eu disse, cada caso é muito particular. Além do contexto da família, é importante avaliar a idade e as características da criança.

Mas, por enquanto, o que posso dizer é que nossa experiência com babá está sendo muito positiva.

Escrevi mais sobre o assunto em: A opção de ter uma babá.

Segunda-feira clássica

– Com início de dieta e fruta na bolsa para o lanche da manhã (vamos ver se a motivação dura até o lanche da tarde).

– Acordando mole de tanto sono e prometendo dormir mais cedo.

– De olho no tempo que as crianças passam na frente da televisão, afinal, volta e meia acaba todo mundo grudado na tela luminosa (inclusive papai e mamãe).

– Com check list de prioridades no trabalho e colocando tudo em dia.

– Com promessas de caminhadas e exercícios físicos.

Quem vem comigo?

(E alguma aposta de até quando vai durar tanto ânimo?)

Cenas da rotina de uma família com dois bebês

– Nós parecemos uma comitiva no supermercado: dois adultos, dois carrinhos e dois bebês.

– O espaço que sobra no carro entre uma cadeirinha e outra é de menos de 30 cm. Só a minha irmã super esbelta de 12 anos consegue se enfiar ali.

– A hora do banho parece uma linha de produção em série. Eu tiro a roupa de um, o Fábio coloca na banheira e enquanto isso eu já preparo o outro. Quando o primeiro está pronto eu o visto e o Fábio leva o outro para a água.

– Por falar em banho, às vezes tenho que pensar em quem já dei banho. Tentamos fazer tudo na mesma hora, mas hoje, por exemplo, o Vítor teve uma emergência número dois grave na fralda e teve que ir para o chuveiro de manhã. Então, à noite, tive que pensar se ele tinha tomado banho ou não.

– Também rola de esquecer a hora de trocar a fralda. Tento trocar os dois mais ou menos no mesmo horário, para lembrar na próxima vez, porém de vez em quando dá confusão.

– Almoçamos com frequência em restaurante e temos uma organização militar para conseguir comer no tempo do intervalo do Fábio. Primeiro, pegamos uma mesa e acomodamos as crianças nas cadeirinhas. Depois, o Fábio fica com a dupla e eu sirvo dois pratos: o meu e o do Vítor. Quando eu volto, vou comendo e fico de olho nos dois para o Fábio se servir.

– Depois do almoço é sempre um caos. Os dois estão com sono, mas não consigo fazê-los dormir ao mesmo tempo. Então, tenho que distrair o Vítor com alguma coisa para poder ir para o quarto com a Clara, amamentar e colocá-la no berço. Depois, faço a mamadeira para o Vítor e deito com ele no outro quarto. Difícil é fazer o Vítor esperar a mana dormir. Geralmente, ele fica ao nosso redor impaciente, gritando e fazendo barulho.

– Não é difícil achar uma fralda suja perdida pela nossa casa. Volta e meia troco um dos dois no quarto ou na sala e deixo a fralda no canto para colocar em seguida no lixo. Acontece que antes mesmo de terminar aparece outra coisa para fazer e esqueço da fralda.

– As roupas sujas das crianças se multiplicam em uma velocidade incrível no cesto para lavar. Esta semana, o sabão em pó acabou e esqueci de comprar um novo no supermercado. Então, fiquei mais de dois dias sem lavar nenhuma peça. O resultado: uma pilha gigante de roupa acumulada.

Um início de virada

Escrevi meses atrás um post com o título “A virada“. Falei da vontade de mudar uma série de coisas na minha vida e na rotina familiar.

Não consegui registrar como gostaria o processo, mas eis que retorno para contar um pouco de como estamos, exatamente 3 meses depois.

Vou comentar cada meta que estabeleci.

ALIMENTAÇÃO

Objetivos diários:
– Fazer as refeições na mesa de jantar e com a televisão desligada. A maioria das refeições passou a acontecer na mesa. Antes, a gente acabava comendo no sofá mesmo, na frente da TV.
– Incluir saladas e frutas pelo menos duas vezes por dia na alimentação de toda a família. O Vítor sempre comeu no mínimo duas frutas e o Fábio também aceita bem. Quem ainda precisa melhorar sou eu, que volta e meia acabo pegando um lanche qualquer ao invés de uma maçã, por exemplo. No que se refere à salada, aí a coisa complica. Temos variado bastante na hora do almoço, mas no jantar acaba passando batido por muitas vezes.

Objetivos para daqui 3 meses:
– Fazer lista para ir ao supermercado. OK
– Fazer uma grande compra por semana e deixar para comprar apenas pão e frios aos poucos. OK
– Almoçar e jantar em casa nos dias de semana. Almoçamos e jantamos em casa na maioria dos dias. Deixamos para sair uma ou duas vezes por semana, inclusive no sábado.
– Estabelecer sexta à noite como o dia da pizza. Conseguimos diminuir o número de vezes por semana que comemos pizza. Acredito que alcançamos a meta de uma vez, mas não necessariamente na sexta.
– Almoçar fora no sábado. OK
– Sábado à noite a janta é livre: não precisa ser comida, pode ser um lanche. OK

CASA

Objetivos diários:
– Manter a casa em ordem e tentar varrer e passar pano pelo menos na sala e na cozinha todos os dias. OK, nem sei como temos conseguido, mas melhoramos bastante em relação aos cuidados com a casa.

Objetivos para daqui 3 meses:
– Tirar o Vítor do berço e colocá-lo para dormir em um colchão no chão. A transição foi super tranquila e o resultado muito positivo.
– Passar aspirador no sofá e no tapete do quarto do Vítor pelo menos uma vez por semana. No sofá tenho passado, mas no tapete não é mais necessário, pois me livrei dele e optei por um modelo de E.V.A., muito mais prático.

FILHOS

Objetivos diários:
– Ler pelo menos um livro por dia para as crianças. Leio bem mais para as crianças, mas ainda não chegamos em um livro por dia.
– Ter um momento em família, com todos reunidos, além das refeições. Tem acontecido, mas ainda podemos investir mais tempo em momentos juntos, os quatro.
– Respeitar o horário de acordar e o de dormir (9h e 21h). Adaptamos o horário para 10h e 22h. Tem funcionado.
– Falar para cada um, à noite, sobre um dos bons momentos do dia (algo legal que fizeram, quando se comportaram ou conseguiram algo novo – para trabalhar a autoestima e reforçar o bom comportamento). Começou muito bem, porém de vez em quando esqueço. É necessário melhorar.

Objetivos para daqui 3 meses:
– Diminuir o tempo na frente da televisão. OK, mas ainda preciso diminuir o tempo na frente do computador.
– Evitar gritar com as crianças. Estou me controlando bem mais, embora uma vez ou outra escape um grito, especialmente com o Vítor, quando ele morde ou bate.

EU

Objetivos diários:
– Passar creme no corpo. Impossível. Nos últimos três meses devo ter feito isso umas cinco vezes, no máximo.
– Ler um pouco a cada dia. Nem sempre acontece e, quando acontece, são leituras do mestrado. Queria ter mais tempo para ler por prazer, livros da minha escolha.

Objetivos para daqui 3 meses:
– Cuidar mais de mim (isso envolve cremes, maquiagem – mesmo que básica -, fazer as unhas, usar salto de vez em quando, me vestir melhor). Tenho investido nisso, embora ainda possa melhorar bastante.
– Comprar maquiagem. OK
– Comprar pelo menos um sapato de salto. Comprei três, mas já quero me livrar de todos! Ô terror usar salto, hein?!
– Comprar roupas novas (depois de dois filhos em dois anos isso é mais do que necessário). Aproveitei a época do Natal e consegui investir um pouco em roupas novas e mais coloridas. Antes, eu vivia me escondendo em peças pretas e largas.
– Terminar os dois artigos que faltam do mestrado. OK
– Fazer o meu projeto de dissertação. Em andamento!
– Entrar em um grupo de pesquisa. OK
– Mudar a cara do blog. OK

De modo geral, penso que consegui trabalhar uma série de coisas que estavam me incomodando. Além disso, pedi demissão e agora tenho a oportunidade de me dedicar mais aos meus filhos, o que faz muita diferença. Sou eu a responsável direta pelo que eles comem ou deixam de comer, pela hora que levantam, tiram a soneca, vão dormir, enfim, pelos cuidados efetivos na rotina dos dois. Isso é um motivo a mais para eu me preocupar com os nossos hábitos e investir casa vez mais em bons estímulos e exemplos adequados.

Mesmo com a evolução, ainda tenho pontos para melhorar e é nisso que quero focar agora. Então, muito trabalho ainda pela frente! Quem sabe daqui 3 meses volto para a ista e faço uma nova análise? Fica a ideia.

Enquanto espero

Faço listas, faço planos, leio, estudo, escrevo.

Curto o Vítor. Amasso. Abraço. Agarro. Dou colo. Beijos. Digo não. Digo sim. Ensino. Tento ensinar.

Como, tenho azia. Sinto dor. Coluna. Coluna. Coluna.

Vivo um pouquinho de tudo. Das aulas, do trabalho, da família, da casa.

E assim já se passaram praticamente 30 semanas.

Então que o fim do ano me pegou

Não teve jeito. Não consegui escapar do clima “o ano termina e nasce outra vez”. Subitamente fui pega por vontades contraditórias e sentimentos nostálgicos, além de pensar em uma lista de to dos para 2012.

Acontece que este ano foi totalmente novo para mim. Uma avalanche de descobertas. Lento e contínuo processo de adaptação a uma velha nova cidade. Sem falar em gravidez, parto, bebê, trabalho, estudo. Tudo junto. Ao mesmo tempo. Avassalador.

Certamente o processo de me tornar mãe foi o grande marco. É algo que reforçou tudo que acredito e tenho vontade de fazer. Que me fez perceber as sutilezas da vida. Que me fez melhor, pelo menos para mim e para a minha família.

Diante disto, o que espero para 2012? Amor. Quero poder fazer o que eu gosto e tenho vontade. De coração. Com um entusiasmo apaixonante.

Desejo o mesmo para todos que me cercam. Muitas emoções! E que venha o próximo ano! Depois da minha mini crise existencial natalina acho que estou pronta :]

No divã

Eu e o Fábio nos conhecemos em Londres. Eu, gaúcha, fui para a Inglaterra em março de 2010 para estudar inglês. Ele, paulista, trabalhava desde junho de 2009 na capital inglesa. Nos encontramos na república de estudantes onde ambos morávamos e que o irmão dele administrava.

Depois de uma semana começamos a ficar. Um mês e já virou namoro. Em julho fomos morar juntos, só nós. Em agosto eu descobri que estava grávida. Em outubro voltamos para o Brasil. Resumão básico da nossa história pré-Vítor.

Um dos motivos que nos levou a voltar para o Brasil foi a questão familiar. Queríamos que o Vítor nascesse aqui para poder contar com o apoio e carinho da família. Outra razão foi bem pontual: meu visto ia vencer e a gente precisava decidir o que fazer. O Fábio tem passaporte português, mas seria uma burocracia arrumar a minha documentação em função da dele, provavelmente não daria tempo de ter tudo em dia antes do meu visto terminar.

Enfim, voltamos para começar a construir nossa vida em solo brasileiro (naquela de seja o que Deus quiser).

O Fábio trabalhou um tempo em casa e depois arrumou outro emprego. Eu não consegui nada enquanto estava grávida, nem como freelancer. Porém agora estou trabalhando na minha área (jornalismo).

Acontece que embora a gente já esteja a quase 1 ano no Brasil ainda não nos sentimos adaptados. Parece que falta alguma coisa. Sempre ficamos imaginando como seria se a gente voltasse para Londres (ou se tivesse ficado por lá). Vivemos numa ponte áerea mental.

Pontos que contam para o Brasil: família, possibilidade de trabalhar na nossa área de formação (coisa que dificilmente aconteceria em Londres), comodidade.

Pontos que contam para a Inglaterra: educação (seria ótimo poder oferecer uma educação bilíngue para o Vítor), segurança, possibilidade de viajar pela Europa e conhecer outras culturas, situação financeira favorável, Nutella mais barata do que no Brasil.

E daí que eu fico viajando (literalmente) num mar de possibilidades. Então quero ajuda das universitárias. Mamães internacionais, como é a vida pós filhos no exterior? Do que vocês sentem falta? Vocês se sentem completas (pergunto mesmo achando que ninguém consegue ser completo depois de morar um tempo no exterior)? Quais as principais dificuldades?

Mamães brasileiras, do que vocês não abririam mão para ir morar em outro país?

Como trabalhar em casa com um bebê (sem enlouquecer)

Eu não faço ideia de como fazer isso!

Nem bem comecei a trabalhar e já percebi que vai ser mais difícil do que eu imaginava (pelo menos enquanto eu adiar o plano de colocar o Vítor em uma escolinha).

Quero esperar até agosto para deixar meu filhote por N motivos: julho é um dos meses mais gelados no RS, quero tentar evitar que ele pegue gripe ou qualquer virose, tenho medo de comprometer a amamentação, acho ele muito pititico ainda entre outras coisas.

No entanto, tá complicado. Estou absolutamente esgotada. Cansada de querer dormir um dia inteiro para recuperar (que mãe não gostaria de tirar 24 horas INTEIRAS para zerar o saldo de noites com o peitão de fora ou embalando a cria pra lá e pra cá? Hein? Hein? Só eu ou quem mais?).

É casa, marido, cachorro, filho, trabalho, blog e outras pendências. Quem consegue dar conta de tudo? Se você consegue… parabéns, amiga! Pois eu não estou me virando muito bem nessa história. Aqui em casa algo sempre fica sobrando (geralmente a faxina, mas abafa o caso).

Então que estou pensando em alternativas que facilitem as coisas. Faxineira ao menos uma vez por semana é uma das opções. Outra é deixar meu filho mais tempo com a minha avó (o que não tem funcionado muito bem pois ela entope o Vítor de mamadeira, enche a criança de NAN).

Bom… espero conseguir me organizar antes de entrar em processo de surto. E eu que achava que foda era estudar de manhã, fazer TCC de tarde e trabalhar das 6 até a meia noite com jornalismo policial. Não sabia nada da vida ainda. Quero ver quando eu ter um emprego fixo de 6 ou 8 horas diárias. Daí que o bicho vai pegar! #comofas?

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Sobre o corpo, a mente e a alma depois do parto

PARTO

No fim da gravidez eu só pensava na hora do parto. Pesquisei, li, busquei informações. Queria saber tudo que poderia acontecer, o que eu iria sentir, como seria.

Quando a bolsa estourou não conseguia acreditar que era verdade, que o momento que eu tanto esperava estava ali, acontecendo, no gerúndio mesmo.

Banho, contrações, hospital, dilatação, sala de parto, dor, força, bebê. Tudo isso em 1 hora e 17 minutos (a bolsa estorou às 20:22 e o Vítor nasceu às 21:39). Ou seja, meu corpo invadido por hormônios e seguindo os passos da minha natureza interior em segundos.

Meu parto foi normal e rápido, mas não escapei do fórceps e da episiotomia. Acredito que por isso minha recuperação foi um pouco mais lenta e dolorida. Eu me sentia bem, porém os pontos estavam ali para me lembrar o tempo todo que eu recém tinha parido. Aliás, um dos pontos ainda está ali, mesmo depois de quase 2 meses (essa semana eu tenho consulta e vou me despedir desse resquício do parto).

Sabe que foi estranho, mas por mais que eu tenha preparado meu corpo e minha mente para o parto muitas coisas foram diferentes do que eu imaginava. Não que isso tenha causado alguma frustração, apenas me mostrou outras possibilidades. Por exemplo: li relatos de parto normal, parto normal induzido, parto natural, parto em casa, cesárea, mas nenhuma vírgula sobre parto com uso de fórceps. Nada, nadinha. Outro exemplo: em todos os relatos as mães descreviam o momento do nascimento do filho como mágico, sublime. Sorry, não senti nada disso. Era como se eu estivesse em outra órbita, vendo tudo acontecer sem ser a protagonista da história. A dor era tanta que não conseguia nem falar. Eu estava muito concentrada e demorou para eu me situar novamente.

Claro que hoje quando lembro do parto eu fico emocionada. Tento guardar cada segundo na minha memória. Agora, sem dor, sem sangue e de pernas fechadas eu posso afirmar que aquele dia foi realmente mágico, especial. Entretanto, na hora eu estava fora de mim.

AMAMENTAÇÃO

Depois do parto é a vez do corpo trabalhar para amamentar o pequeno ser que acaba de nascer. No hospital foi tudo tranquilo, os primeiros dias em casa também. Não sei dizer exatamente o dia que o leite “desceu”, lembro só da sensação do seio pesado e quente.

Então eu e o Vítor fomos nos conhecendo e tudo estava ótimo até o peito rachar. Nossa, quanta dor! E para completar o pequeno queria só mamar! Ou seja, ficava pendurado em mim. Daí depois de uma noite inteira com ele mamando quase que sem parar eu entrei em desespero e tive que apelar para o leite artificial. Só assim o menino sossegou e consegui recuperar meu seio.

Fiquei chateada em ter que oferecer NAN para o meu filho, mas tentei não pensar muito nisso. O bom foi que o leite artificial e a mamadeira me deram fôlego para eu me concentrar mais na amamentação, ter mais paciência. Além disso, ganhei um pouco de liberdade, pois agora posso deixar o Vítor com o pai ou com a avó sem me preocupar se ele vai sentir fome.

BABY BLUES

Baby blues é um período de melancolia pós parto. Eu fiquei um pouco deprimida por aproximadamente uma semana depois do nascimento do Vítor. Chorava por qualquer coisinha, estava super emotiva. O Fábio chegava a rir de mim quando eu começava a fazer biquinho.

Acho que faz parte do período de adaptação mesmo. Primeira semana com o novo interante da família, muitas visitas, sem tempo para cuidar da casa, dar atenção ao cachorro, enfim… muitas tarefas e novidades. Eu me sentia frustrada por não conseguir dar conta de tudo. Sou um tanto controladora, gosto de estar por dentro do que acontece ao meu redor. Muitas coisas prefiro fazer eu mesma do que pedir ajuda. Daí que quando o Vítor nasceu eu precisava me dedicar totalmente, quase 24 horas de atenção para ele. Sem falar que eu estava cansada. Sem falar que eu sentia dor. Foi complicado, mas tive que ceder e aceitar todo suporte que a minha família oferecia. No fim das contas deu tudo certo e o baby blues logo foi embora!

Claro que nem tudo é só alegria agora. Têm dias que não consigo fazer o que eu gostaria. Qualquer dorzinha de barriga muda a nossa rotina e deixa o bebê carente, querendo muito colinho. Aliás, ter uma criança em casa faz com que a vida não seja nada prevísivel. Então às vezes eu me sinto frustrada mesmo, não tem como fugir desse sentimento de #mãedemerda, principalmente quando eu fico sem saber o que fazer.

CORPO

Nova vida, novo corpo. E que corpo! Seios gigantes, estrias por todos os lados (algumas que eu não enxergava durante a gravidez me apavoraram depois que o barrigão foi embora).

Entretanto o que mais me apavorou mesmo depois do parto foi a pança. Gente, o que é aquilo? O Vítor nasceu domingo de noite. Segunda de manhã acordei às 6 e quis ir direto para o banho. Quando tirei o modelito gracioso do hospital fiquei chocada com a gelatina que estava instalada no meu ventre. É assim?! Tchau bebê, olá flacidez mode ON turbo total?!

Tive que recorrer à cinta pós parto tamanho GG (tão maravilhosa quanto um sutiã de amamentação BEGE). E aquele tréco me apertava de um jeito que tive que ser persistente para aguentar firme e não jogar a peça pela janela.

Mas agora, quase 2 meses depois, a barriga já está voltando para o lugar dela. Durante a gravidez engordei 13 quilos. Uma semana depois me pesei e tinha perdido 8. Atualmente não sei meu peso, porém acredito que mais uns 2 também devem ter ido embora.

MATERNIDADE

Não existem clichês palavras para descrever o sentimento de ser mãe. É algo que nasce no coração, brota no corpo e costura nossa alma.

Apaixonada, é assim que estou. Cada dia mais. Para sempre mais.

Blogagem coletiva: As marcas do amor

O Vítor completa 1 mês amanhã e eu ainda não me encontrei depois do nascimento dele. Vivo me desdobrando para conseguir atender bebê, marido, cachorro e tarefas domésticas. Falta tempo para dar conta de tudo e no meio de tanta coisa acabo me deixando de lado.

Sei que estou errada, mas acho que faz parte do processo de adaptação com a nova vida. Penso que é apenas uma fase e que logo tudo entra numa “rotina” (existe rotina na vida de quem tem filho?).

Não reclamo do momento que vivo agora. No entanto, tenho que confessar que às vezes dá vontade de sair correndo e deixar tudo do jeito que está. Quando isso acontece tento dar uma volta, ir na casa da minha mãe, de uma amiga, enfim… apenas me desligar um pouco e me distrair.

É inegável que a maternidade muda tudo na vida de uma mulher. Nem todas as mudanças são fáceis, aceitá-las é um processo que pode demorar um pouco. Contudo, nada que uma risadinha banguela não ajude. É a melhor recompensa depois de um dia longo e difícil.

* Achei que nem ia conseguir escrever para a blogagem coletiva de hoje. O texto ficou curtinho, mas enfim… pelo menos consegui participar! Confere também a postagem da Juu, do blog “Era uma vez nós três“!