Arquivo mensal: abril 2012

Dificuldades gravidícias

Fechando praticamente 5 meses de gravidez (sim, tempo VOA, meu povo) começo a lembrar de algumas dificuldades gravidícias até o momento arquivadas na memória seletiva materna (provavelmente perto da gaveta cerebral onde está guardada toda e qualquer recordação da dor do parto).

Mesmo com uma gravidez praticamente atrás da outra existem coisas que a gente esquece fácinfácin.

Sexta fui na biblioteca (vida de mestranda, a gente vê por aqui) e comecei a procurar um livro conforme aqueles códigos doidos que demoram a fazer sentido. Vou catando por aqui e por ali até que acho o primeiro título. Adivinha onde? No lugar mais alto da estante. Largo o celular e a carteira no chão com a maior desenvoltura que a pança permite e me preparo para dar um incrível salto, já que meu um metro e meio de sol (tá, um pouco mais, gente) não era suficiente. Puxo a calça com elástico para cima e a blusa meio toda curta para baixo e pulo. Barriga de fora, peito voando, provavelmente uma cena linda de ver. A mais pura beleza e o brilho da maternidade (só que not). Óbvio que não consegui pegar o exemplar de primeira, mas nada que três ou quatro tentativas tão graciosas quanto a inicial não resolvessem.

A segunda cena do recordar é viver aconteceu em casa, no quarto do Vítor. Ele, pela milésima vez, espalhou as bolinhas da toca pelo apartamento inteiro. Eis que acho duas perdidas embaixo do berço e me abaixo para pegar. Estico o braço e… nada. Falta algo em torno de meio centímetro para eu conseguir. E que meio centímetro sofrido, vou te contar. Cofrinho de fora, cara grudada no piso, barriga esmagada e toda força do mundo para chegar até a bolinha. Depois de alguns longos minutos consigo. Jogo as bolinhas com a maior fúria na toca e juro pra mim mesma que na próxima vez elas podem apodrecer onde quer que estejam.

É muita ternura vinda de uma grávida, não? E a cada dia lembro que as dificuldades só vão aumentar. Pelo menos uma coisa boa: da faxina eu escapo. Pobre, Fábio.

O “vai passar”

Que atire a primeira mamadeira a mãe que nunca ouviu a frase: “É só uma fase, vai passar!”.

A criatura ali, com o bebê que só chora, não dorme, não come ou é birrento ou todas as opções anteriores e a mulher (isso definitivamente não é papo de homem) te diz com a maior serenidade do mundo: “Logo tu nem vai lembrar disso”.

Pois bem, para quem morre de ódio de um pitaco do gênero eu vou contar uma coisa: realmente passa. Demora bastante, mas passa.

Em março escrevi sobre a crise depois do banho do Vítor. Eis que praticamente um mês depois passou. Simples assim. De um dia para o outro.

A birra da vez é em relação ao tênis. Na verdade a criança não aceita sapato algum. Parece que tem alfinete na palmilha.

Acontece que o inverno tá chegando. Além disso, Vítor só quer saber de chão (solo de qualquer tipo: terra, grama, piso, tapete,…). Então digamos que algo no pé é bem interessante.

O que fazer? Será que vou ter que esperar pelo menos um mês para ele achar outra coisa para implicar?

Aniversário do Vítor – Erros e acertos

Erros:

– A escolha do lugar: optei por fazer a festinha no restaurante da minha tia, lugar bonito e que representava praticidade (em um primeiro momento). No entanto, esqueci do detalhe que eles servem almoço, ou seja, eu não poderia deixar tudo arrumado um dia antes ou ir pela manhã no local. Ponto negativo na organização, pois depois do meio dia ficou tudo super corrido (banhos, soneca do Vítor, decoração,…).

– Procura-se o Z: eu que montei toda decoração da festinha, com a ajuda da minha irmã, prima e das madrinhas do Vítor. Porém, como a finalização foi atropelada (motivos acima), algumas coisas ficaram para última hora e deram errado. É o caso do letreiro de Feliz Aniversário personalizado. Cortei as letras durante a semana, mas deixei para colocar no fio no salão da festa. Resultado: uma letra sumiu, evaporou. Até hoje não temos notícia do Z. Acabamos ficando sem usar o letreiro desfalcado.

– Deixa que eu faço: a rainha do eu-faço-sozinha viu que não adianta, em situações assim uma ajudinha é fundamental. Pra ter uma noção, no dia da festa eu acordei às 8h e 8h30min já estava batendo a massa dos cupcakes. Depois tive que fazer uma foto rápida em uma reunião de um evento que faço assessoria e às 11h cheguei no salão para cortar o cabelo. Recebi a família que veio de longe, almoçamos na minha mãe, fiz o Vítor dormir, tomei banho, fiz salada de fruta para os bebês, separei as roupas do Vítor, coloquei tudo no carro, levei para o restaurante, montei a decoração e, ufa, a festa começou. Maratona múltipla, a gente vê por aqui!

– Prioridades: tinha tanta coisa para fazer no dia da festa que acabei delegando os cuidados do Vítor para minha mãe ou para o Fábio. Claro que ele sentiu a agitação e acredito que isso tenha influenciado no humor negro. Por querer fazer tudo lindo PARA ele, esqueci DELE. Erro básico e que jamais vou repetir. Na próxima passo adiante as tarefas da festa, mas grudo nele. (Reparem que a criança nem tomou banho antes do próprio aniversário, pois acordou meio totalmente em cima da hora).

Acertos:

– Ideias sustentáveis: meu objetivo era manter uma linha verde, digamos assim, na festa. Optei por papelaria feita com papel reciclado, mandei boa parte dos convites por email, evitei plástico ao extremo (embora não tenha conseguido fugir totalmente dos copos, pratos e garfos descartáveis), reaproveitei vidros de papinhas, fugi dos balões e inclui salgados vegetarianos no cardápio. Queria ter feito mais? Sim. Foi o que deu? Sim. Ok então, novas ideias ficam para a próxima.

– Convite: um dos sucessos do aniversário foi o convite. O design ficou lindo e muita gente elogiou. Trabalho da TraçoD (na imagem para o blog apaguei o local da festa, que estava bem embaixo).


– Presentes: acerto que não foi meu, mas dos convidados. Vítor ganhou vários presentes lindos. Digamos que agora que sou mãe vejo como é bom quando a criança recebe roupas (embora a criança nunca goste!). Diversas peças de inverno e todas em tamanhos maiores, o que é ótimo, pois tamanho 1 ele já tem suficiente. Além disso, ganhou um tapete de EVA da dinda, que está sendo muito usado nos dias frios (nosso apartamento é todo de piso), uma toca de bolinhas da outra dinda (que obviamente não tem filhos para dar uma barraca GIGANTE que vem com 100 bolinhas que se espalham pela casa inteira de brinde, mas que o Vítor amou de paixão) e outras coisinhas fofas. Obrigada todos que tiveram a preocupação em escolher algo com o maior carinho para o nosso baby e que participaram da festinha com a gente (:

Aniversário do Vítor – Comes

As comidinhas do aniversário do Vítor fizeram muito sucesso. Tentei ser o mais prática possível e evitar um exagero de opções. Mesmo assim acho que tivemos uma variedade considerável, por medo de algo faltar na última hora. Confiram alguns detalhes do cardápio.

Cupcakes feitos por mim, com ajuda da bisa do Vítor (receita aqui).


Escolhi pizzas de quatro sabores: brocólis, tomate com palmito, frango e calabresa.


Além do brigadeiro tradicional, com granulado, tinha brigadeiro de bolinha, casadinho, doce de coco, trufa de morango e peróla de limão (algo simplesmente indescrítivel, um doce de limão com leite condensado enrolado em raspas de chocolate branco).


Para os bebês a opção foi salada de fruta de mamão, morango e maçã, sem açúcar, colocada em potinhos de papinha reaproveitados (o aniversariante marrento de fundo).

Aniversário do Vítor – Decoração

Finalmente consegui um tempo para contar e mostrar um pouquinho da festa de aniversário do Vítor, que foi no fim de semana que passou.

Confesso que no início fiquei um tanto decepcionada/triste/frustrada, por isso também a demora para escrever sobre o assunto. Acontece que o Vítor teve febre já na quinta de noite (a festinha foi sábado). Então somando bebê ruinzinho + mãe de primeira viagem e que quis dar conta de tudo + mil preparativos, o resultado foi um chororô danado durante a festa.

Vítor não foi no colo de ninguém, estava sempre com algo na boca (leia-se um copo plástico ou uma fraldinha), e teve resmungos ad infinitum.

Chegou uma hora que parei tudo e fui na casa do pediatra, no meio das comemorações. Deixei o Fábio com os convidados e dei no pé. Diagnóstico: dentes massacrando a gengiva e início de infecção na garganta. Resultado: o aniversariante foi para casa com a minha mãe dormir e nós seguimos com a festa sem ele.

Então que não foi como eu imaginava (RÁ!) e fiquei meio-sei-lá. Esperava que o Vítor curtisse tudo que fizemos, que aproveitasse para brincar com os amiguinhos e primos, receber os mimos da família. Mas enfim… precisei de uns dias para absorver tudo isso (mãe é bicho bobo, né?) e só quando recebi as fotos consegui registrar os bons momentos e superar (?) as minhas bobagens internas (não encontrei uma definição melhor).

Anyway, tudo foi feito com muito carinho e tenho que confessar que decoração e comidinhas me surpreenderam. Os devidos créditos (e agradecimentos):

– Fotografia: Cris Frantz (o mesmo do ensaio do bolo)
– Papelaria: TraçoD
– Decoração: mommy do Vítor, vulgo eu (+ auxiliares dindas Paula, Édina e Rafa, prima Greice e tias Camila e Laura)
– Doces: Elear
– Cupcakes: a mesma moça ali da decoração, eu + bisa do Vítor
– Salgados: Don Peppone e vizinha da mãe (!)

Agora algumas fotos para vocês verem!






Smash the Cake

Quando o Cris me procurou para fazer um ensaio fotográfico experimental do Vítor eu topei na hora. Não conhecia a ideia do Smash the Cake, mas logo que pesquisei um pouco sobre o assunto fiquei encantada e louca para saber como seria a reação do baby.

De modo geral funciona assim: fundo branco ou neutro, criança sem muita produção, bem livre. O detalhe é uma torta inteirinha, toda para o bebê brincar, tocar, sentir, comer, destruir, enfim… fazer o que quiser.

O processo de tirar as fotos foi muito divertido. O Vítor entrou no clima e ficou bem solto. Sorriu, fez festa.

E o resultado ficou incrível! Foi realmente uma ótima forma de marcar a passagem do primeiro aniversário.






Gostaram? Foi só uma provinha!

* No blog do Cris também tem um post sobre o ensaio.

Vítor

Filho,

Nossa história começou em uma tarde de sábado. Um dia de sol, do delicioso verão londrino. Eu estava cercada de euforia, medo, ansiedade. Sentimentos que se repetiram nos dois ou três exames de farmácia que fiz para confirmar a gravidez.

Cada novo positivo era uma certeza a mais de que o destino estava me dando um presente. Um presente que correu o mundo comigo, alimentado por sonhos. Sonhos maiores que este mundão que tá aí fora, meu filho. Sonho de ter fazer nascer, te pegar no colo, embalar teu sono. Sonho de te ver crescer, feliz, saudável.

Sonhos que eu realizei e alimentaram muitos outros, além de encherem a minha cara de alegria.

Eu me fiz mãe pra ti, Vítor. Imperfeita, sim, mas que faz justiça a qualquer clichê materno, afinal, a gente só erra tentando acertar e apenas quer o melhor para os nossos filhos, não?

E fugindo de clichês (ou pelo menos tentando) eu me deixei levar pelo maior deles, o amor de mãe. Aquele que faz a gente repetir “eu te amo” um milhão de vezes, que faz esmagar as bochechas de tanto beijar e que sempre separa um casaco caso esfrie mais tarde.

Enfim, meu amor. Eu te desejo uma vida repleta de alegria e amor. Pode deixar que a minha parcela nisto tudo tá garantida.

Feliz aniversário!

Amor,

mamãe.


* Foto de um ensaio fotográfico de aniversário que o Vítor fez na semana passada. Amanhã posto mais fotos e conto como foi :]