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Cenas da rotina de uma família com dois bebês

– Nós parecemos uma comitiva no supermercado: dois adultos, dois carrinhos e dois bebês.

– O espaço que sobra no carro entre uma cadeirinha e outra é de menos de 30 cm. Só a minha irmã super esbelta de 12 anos consegue se enfiar ali.

– A hora do banho parece uma linha de produção em série. Eu tiro a roupa de um, o Fábio coloca na banheira e enquanto isso eu já preparo o outro. Quando o primeiro está pronto eu o visto e o Fábio leva o outro para a água.

– Por falar em banho, às vezes tenho que pensar em quem já dei banho. Tentamos fazer tudo na mesma hora, mas hoje, por exemplo, o Vítor teve uma emergência número dois grave na fralda e teve que ir para o chuveiro de manhã. Então, à noite, tive que pensar se ele tinha tomado banho ou não.

– Também rola de esquecer a hora de trocar a fralda. Tento trocar os dois mais ou menos no mesmo horário, para lembrar na próxima vez, porém de vez em quando dá confusão.

– Almoçamos com frequência em restaurante e temos uma organização militar para conseguir comer no tempo do intervalo do Fábio. Primeiro, pegamos uma mesa e acomodamos as crianças nas cadeirinhas. Depois, o Fábio fica com a dupla e eu sirvo dois pratos: o meu e o do Vítor. Quando eu volto, vou comendo e fico de olho nos dois para o Fábio se servir.

– Depois do almoço é sempre um caos. Os dois estão com sono, mas não consigo fazê-los dormir ao mesmo tempo. Então, tenho que distrair o Vítor com alguma coisa para poder ir para o quarto com a Clara, amamentar e colocá-la no berço. Depois, faço a mamadeira para o Vítor e deito com ele no outro quarto. Difícil é fazer o Vítor esperar a mana dormir. Geralmente, ele fica ao nosso redor impaciente, gritando e fazendo barulho.

– Não é difícil achar uma fralda suja perdida pela nossa casa. Volta e meia troco um dos dois no quarto ou na sala e deixo a fralda no canto para colocar em seguida no lixo. Acontece que antes mesmo de terminar aparece outra coisa para fazer e esqueço da fralda.

– As roupas sujas das crianças se multiplicam em uma velocidade incrível no cesto para lavar. Esta semana, o sabão em pó acabou e esqueci de comprar um novo no supermercado. Então, fiquei mais de dois dias sem lavar nenhuma peça. O resultado: uma pilha gigante de roupa acumulada.

Um novo toque no quarto por menos de R$ 15

Eu tinha comentado nos últimos dias na página do blog no Facebook que estava com vontade de fazer algo diferente no quarto das crianças. Eis que ontem fui em uma loja de utilidades domésticas e encontrei uma cartela de adesivo de parede por menos de R$ 15 (R$ 14,95, para ser bem exata).

Fiquei meio desconfiada, pois estava acostumada a ver na internet adesivos de vários preços, mas geralmente a partir de R$ 50. De qualquer forma, achei um desenho que me agradou e resolvi experimentar.

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E não é que funcionou? Ficou uma graça e deu um toque todo especial no quarto. O Vítor gostou bastante e ficava apontando para o “pio pio”. Já a Clara observou toda concentrada o novo colorido. Resultdo: aprovado!

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Quarto do Vítor – Versão tapete de E.V.A.

Mostrei aqui como ficou o quarto do Vítor na casa nova.

Peguei um tapete que era da minha mãe, mas logo ele começou a me incomodar. Eu sempre sentia um cheiro diferente, mesmo depois da higienização. Também era ruim para limpar, eu sentia necessidade de passar aspirador todo dia. Sei lá, não tava legal, não tava do jeito que eu queria.

Resolvi então fazer uma alteração e acho que funcionou bem. Troquei o tapete por um modelo de E.V.A., com letrinhas. Ele é bem simples e um parecido pode ser encontrado por menos de R$ 50,00.

A limpeza ficou mais fácil, pois consigo varrer o tapete. Quando o Vítor pisa nele com o tênis e suja é só usar um pano molhado e esfregar um pouco. Tinha medo que ele ficasse se desmontando conforme alguém caminhasse em cima, porém não aconteceu até agora.

Fiquei super satisfeita com a mudança e acho que ficou até mais bonito. Aqui uma foto:

Pobre menino que dorme em um colchão no chão

Ouvi a frase do título quando contei para algumas pessoas que o Vítor não dormia mais no berço. Nem cheguei a responder e expor a minha opinião para evitar prolongar muito a conversa, mas comecei a refletir sobre a alteração.

O Vítor começou a dormir no colchão no chão esta semana, mas já observei duas diferenças importantes:

– Na primeira vez ele acordou, saiu do colchão sozinho e começou a brincar, sem chamar a mãe ou o pai.
– Na segunda noite acordou no meio da madrugada e chorou. Fui até o quarto dele, deitei no colchão e ele pegou no sono do meu lado. Demorou um pouco, mas antes o único jeito de fazer ele dormir no meio da noite era no carrinho (e eu odeio ficar embalando, especialmente quando estou caindo de sono).

A ideia de tirá-lo do berço parte da vontade de que ele tenha um quarto todo pensado nele. Quero que o Vítor possa explorar o seu espaço livremente, sem barreiras de acesso (o berço é alto, por exemplo, e ele não consegue entrar e sair a hora que bem entender).

Então, a mudança de apartamento e a reorganização do quarto foram fatores que me incentivaram a colocar em prática o que já pensava antes. Não gastei nada para adaptar o quarto, apenas peguei um tapete que minha mãe tinha em casa.

Como o quarto era antes, no outro apartamento: sem tapete, com berço, trocador, armário de 6 portas e nada de espaço para o Vítor brincar no chão. Ele geralmente brincava na sala ou no cercadinho.

Como é agora, depois da mudança: o apartamento tem 3 quartos, o que facilitou um pouco. Assim, no quarto extra estão o armário e o trocador. Já no quarto do Vítor estão os brinquedos, todos espalhados pelo tapete, o colhão e o berço (temporariamente, até ele ser desmontado).

Fiquei muito feliz com o resultado, mas quem está curtindo mesmo é o Vítor. Agora, ele passa muito mais tempo no quarto. Além disso, volta e meia estamos todos lá, brincando juntos.

Vejam como ficou (e percebam que é tudo simples, que pouco – ou nenhum – dinheiro é apenas desculpa para não fazer uma mudança assim):






Leia também: Quarto do Vítor – Versão tapete de E.V.A.

A casa também é do bebê

Agora que nos mudamos aproveitei a oportunidade para deixar a casa mais acessível para o Vítor. Penso que os bebês e as crianças devem se sentir realmente parte da família. Para tanto, uma das etapas é fazer com que eles se identifiquem com o lugar onde moram e saibam que o espaço também é deles.

Sendo assim, aqui em casa o Vítor é livre e pode entrar em todos os cômodos da casa. Procuro não deixar nada quebrável ou perigoso (como remédios) onde ele alcança. Na cozinha ele só vai com algum adulto, para evitar que mexa nas gavetas ou no armário. No entanto, não tratamos o lugar como proibido.

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Uma ideia que coloquei em prática no novo apartamento foi deixar coisas do Vítor em diferentes peças da casa. Além de reforçar a identificação dele com o lar é uma estratégia que ajuda muito enquanto arrumo ou limpo a casa. Assim, ele pode me seguir e brincar com o que acha em cada espaço.

– Alguns brinquedos na estante da sala, ao alcance do Vítor:


– Foto dele com a gente na parte baixa da estante (ele adora beijar a si mesmo na foto):


– Livro de banho favorito no banheiro:


– Nosso quarto sempre tem alguns carrinhos espalhados:


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Como o Vítor anda pela casa inteira tive que escolher com cuidado o que colocar nas gavetas e nas partes mais baixas dos armários e das estantes. No escritório, por exemplo, preenchi a primeira prateleira do livreiro com caixas vazias de games. O Vítor pode mexer tranquilamente (e ele adora, principalmente quando acha um jogo de futebol, fica gritando “a bol, a bol”). A parte ruim é ter que juntar tudo mil vezes por dia, mas enfim, faz parte!

5 dicas para facilitar a hora do almoço

A gente almoçava fora todos os dias para conseguir agilizar o meio dia. Assim, eu podia ficar com o Vítor durante a manhã sem me preocupar com comida e louça. Mantemos o mesmo esquema no primeiro mês de vida da Clara (exceto logo que ela nasceu, quando o Fábio estava de licença e cozinhava).

No entanto, era um gasto que estava pesando no nosso orçamento mensal e decidimos voltar a almoçar em casa. Acontece que cozinhar com crianças por perto é sempre complicado. Esquenta água para o arroz, troca uma fralda, coloca a carne no forno, liga a televisão para o bebê e assim por diante. Então, seguem 5 dicas para tentar facilitar as coisas e ter sucesso na cozinha.

1 – Ter um cardápio: montar um cardápio semanal ajuda bastante, principalmente na hora de fazer a lista do supermercado. Aqui em casa o fixamos na geladeira, assim fica prático para marcar qualquer sugestão ou substituição.


2 – Adiantar alguns pratos: tento adiantar o almoço na noite anterior, quando o Fábio está em casa e pode me ajudar com as crianças. Hoje, por exemplo, montei uma lasanha. Amanhã esquento o arroz que sobrou da janta, coloco a lasanha no forno e escolho alguns legumes.

3 – Usar e abusar do forno: quer coisa mais prática do que colocar uma carne no forno e fazer um arroz rápido? Não dá trabalho nenhum e pode ser uma salvação em dias complicados com as crianças. Uma dica é colocar uma batata picada junto com a carne, eu adoro!

4 – Deixar a salada separada: procuro deixar o alface, por exemplo, separado folha por folha e já lavado. Os tomates também podem ficar limpos e prontos para servir. Assim não tem desculpa para não ter salada no almoço.



5 – Separar a louça: uma boa dica é deixar pratos, talheres e copos separados em um canto da mesa já na noite anterior. Para evitar pó ou contato com algum inseto basta colocar um pano de prato em cima. Na hora do almoço é só distribuir a louça.

Caos define

A situação aqui em casa é caótica. Vamos nos mudar amanhã e o apartamento está de pernas para o ar. Caixas por todos os cantos, metade das coisas aqui, metade na casa nova. É um tal de encaixota, amamenta, dá banho em um filho, faz o outro dormir, xinga o cachorro que está latindo, coloca roupas na mala, enfim!

Sorte que tenho toda uma equipe, vulgo família, super trabalhada na boa vontade! Meu irmão ajuda a carregar as coisas, minha irmã fica de olho na Clara, meu avô resolve as pendências no ap novo, minha mãe leva as crianças para cima e para baixo. Assim consigo organizar as coisas (daquele jeito, mas consigo).

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Mas mesmo com tanta função não posso deixar de registrar uma data muito especial. Hoje o Vítor completa 18 meses! Ele está um moleque, cheio de energia e saúde. Cada dia descobre algo novo e nos enche de orgulho e alegria.

Parabéns, filho!

Cenas de uma manhã com dois bebês em casa

Segunda acabou a licença do Fábio. Ele ficou 15 dias direto comigo e com as crianças, dividindo todas as tarefas da casa e os cuidados com os filhos. Nem preciso dizer que foi maravilhoso, né?

Agora que ele voltou ao trabalho eu tive que encarar a realidade. E ela não é nenhum pouco bonita ou organizada. Mas tudo bem, a gente tenta!



O que tenho feito para fazer funcionar e conseguir melhorar a situação aqui de cima:

– Estabelecer prioridades e metas. Por exemplo: como durante a manhã fico com o Vítor e a Clara a meta é arrumar os quartos. A sala e a cozinha fica para a tarde, quando o Vítor vai para escola e tenho um tempo entre uma soneca e outra da Clara.

– Ter um espaço seguro para o Vítor. Assim posso amamentar a Clara com tranquilidade, sem ficar gritando “não mexe nisso” ou “não faz aquilo”. O que tenho feito é trancar o Cachorro na sacada (para ele não ficar pegando os brinquedos do Vítor e o lambendo), fechar a porta do banheiro e bloquear o acesso para a cozinha com uma cadeira. O que resta para ele são três peças: sala e quartos. Deixo os brinquedos pelo chão e coloco uma música ou um DVD. Pronto, ganho algum tempo sem me preocupar.

– Contar com a ajuda de uma faxineira. Nossa ajudante vem uma vez por semana e isso faz uma diferença incrível. Ela fica com o serviço “pesado” e a gente tenta manter tudo mais ou menos nos outros dias. Tem dado certo.

– Almoçar fora. A gente almoça fora, mesmo com a Clara com menos de um mês. Moramos em uma cidade pequena e é relativamente tranquilo ir em um restaurante com dois bebês. Se está chuvendo ou muito frio o Fábio traz comida. Facilita horrores!

Mesmo assim… algumas coisas escapam do meu controle. O fato de eu ter um filho bagunceiro é uma delas!

E como vão as coisas?

Falei aqui da rotina louca de trabalhar em casa, cuidar do marido, bebê e cachorro (sem falar nas atividades domésticas, vulgo vida de funcionária do lar). Um mês passou e continua tudo praticamente na mesma. A única diferença é que eu comecei a relaxar e repetir o mantra let it be.

Prometi para mim mesma que não vou ficar deprimida se a casa não estiver impecável (nota-se que o conceito de impecável na minha casa significa tudo limpo máomenos). Além disso, fiz um acordo com o Fábio de que não vou mais dar indiretas pra ele me ajudar fazer as coisas por mim quando eu estou de mau humor.

E assim vamos levando. Sem faxineira (pois isso não te pertence mais!). Nadando em cabelos e pêlos e trabalhando pra caramba! Tem que ser forte!

Sobre cabelos e carecas

Eu achava que ia ser a única pós parida do planeta que não ia ficar careca. RÁ! Engano meu! Quase 4 meses depois do parto aqui estou: nadando em cabelos soltos pela casa.

Passo a vassoura ou o aspirador e a limpeza não dura 1 hora. Logo depois já estão lá os fios, “decorando” o piso branco. E como se não bastasse eles se juntam aos pêlos do Dexter. Bagunça completa, né?

Mas nem vou começar a falar em bagunça, senão me deprimo ainda mais. Não consigo manter nada no lugar por mais de 2 minutos. E a lei colegial do “pegou, guardou”, “acendeu, apagou”? Aqui não rola. Simplesmente porque no intervalo entre uma coisa e outra o bebê precisa de atenção, o cachorro começa a roer algum móvel, o telefone toca e assim por diante. Nunca consigo chegar na etapa 2 do processo.

E assim vamos levando a vida. Entre cabelos caídos e no desespero de ficar careca.

Afinal, família careca ninguém merece, né? Papai já tem umas entradas suspeitas (don’t kill me, honey), mamãe perdendo cabelo afu, Dexter também. E o Vítor?! Tá num momento careca parcial. Vejam vocês: