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Complemento e a bola de neve

Ontem, falei aqui um pouco sobre a falta de incentivo à amamentação. Nos comentários, a De reforçou justamente o ciclo que o complemento cria.

A mãe complementa uma mamada, o bebê não mama tudo que poderia no peito, a produção vai caindo, a mãe precisa complementar mais e assim vai.

Uma coisa importante: leite é produzido por estímulo.

Assim, quanto menos a mãe amamentar, menos leite ela vai ter. Por isso também que não é possível levar em consideração a quantidade de leite que uma mulher ordenha para dizer que ela tem pouco ou muito leite. Afinal, ordenha é uma relação entre mulher e máquina. Já a amamentação envolve inúmeras outras coisas. É relação mãe e bebê, pele a pele, troca de hormônios, olhares, carinho. Tudo isso estimula a produção.

Minha experiência com o Vitor foi muito parecida com o que descrevi no post de ontem. As pessoas encheram a minha cabeça com comentários do tipo “leite fraco”, “ele tem fome”, “complementar uma vez só não faz mal”.

De fato, não faz mal, mas pode prejudicar o aleitamento materno, especialmente nos primeiros meses, quando mão e filho ainda estão se conhecendo e se adaptando.

Com o Vitor, eu comecei com o leite artificial quando ele tinha 3 semanas. Ele chorava muito, não dormia e só queria ficar no peito. Eu estava esgotada e com o mamilo todo machucado. Sentia muita dor na hora de amamentar e não conseguia me entregar.

Sem apoio e informação… o que eu fiz? Mamadeira. E no primeiro gole de complemento começamos a escrever nossa história de desmame precoce, com 4, 5 meses.

E foi assim. Na primeira semana eu complementava uma vez por dia. Na segunda, a quantidade de leite artificial foi aumentando. Na terceira, a mamadeira passou a acompanhar mais mamadas. Uma verdadeira bola de neve que culminou com o fim da amamentação.

O que eu diria para uma mãe que começou a dar complemento para o filho antes dos 6 meses e quer continuar amamentando? Cuidado. Isso pode levar ao desmame. Informe-se sobre ordenha e tente oferecer o leite materno em um copo ou colher, para evitar a confusão de bicos com a mamadeira. É mais difícil? Sim. Dá trabalho? Muito. Mas, quem disse que seria fácil?

Outra coisa: volta ao trabalho não precisa ser sinônimo de fim da amamentação, introdução precoce de outros alimentos nem de mamadeira e leite artificial. A amamentação exclusiva até os 6 meses apresenta uma série de benefícios para a saúde da criança (saiba mais aqui e aqui).

Não sou especialista no assunto, mas acho muito importante compartilhar as minhas experiências para tentar ajudar outras mulheres que encontram dificuldades pelo caminho.

Eu mesma acreditei em mim e consegui virar a minha história com a Clara, tanto que seguimos firme na amamentação. Ela está com quase 9 meses.

Acredite em você!

Notícias rápidas

A dor no nervo ciático continua. Alguns dias mais fraca, em outros mais forte. Tem sido difícil trabalhar, principalmente por ter que ficar muitas horas seguidas sentada.

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Na consulta, a médica me receitou um remédio para dor. Eu tomei um dia, mas não me senti muito bem. Achei a medicação forte e preferi evitar. Fiquei um pouco tonta e a Clara agitada. Sem falar no sono que deu. Vou deixar apenas para quando o negócio estiver insuportável.

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Sobre o parto, ela disse que a dor das contrações deve disfarçar a do nervo. Será isso bom ou ruim? Tenho minha dúvidas.

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Agora notícias do meu gurizinho! Vítor está a mil. Corre, brinca, joga bola, quer estar sempre no chão. Fase delícia demais, não canso de repetir!

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Ruim é que ele continua mordendo os colegas. Terça teremos uma reunião na escola, vai ser uma oportunidade para conversar um pouco mais com a professora sobre a situação.

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Algumas pessoas me falaram que pode ser ciúme ou algo assim, em função da minha gravidez. Eu acho bobagem. Primeiro porque creio que ele não sabe exatamente o que vai acontecer em breve (a chegada da irmã). Tudo bem que ele pode sentir algumas mudanças, mas dimencionar o nascimento de um bebê que ainda está na barriga e morder os outros por isso? Acho que não. Segundo porque o comportamento tem sido bem pontual. Ele bate ou morde quando alguém pega um brinquedo dele ou quando o tiramos de algo que ele está gostando (se está jogando bola, por exemplo, e o pegamos para ir fazer outra coisa, como almoçar). Então vejo como uma defesa, algo natural e que deve passar.

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Não dei mais notícias aqui do concurso da Limetree! Quero agradecer muito quem votou no meu post. Consegui ficar entre os finalistas, infelizmente não levei nem o primeiro nem o segundo prêmio. De qualquer forma, vou receber uma bolsa e um livro pela classificação! Sem falar que muita gente leu meu texto, compartilhou histórias e se identificou. Só por isso já valeu, e muito!

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Boa semana!

Tinha um nervo no meio do caminho

Gravidez tranquila, tudo na maior paz. Uma dorzinha aqui, um desconforto ali, mas nada fora do normal. Até que surgiu algo diferente.

Tinha um nervo no meio do caminho. E esse nervo virou uma verdadeira pedra no fim da gestação.

Ô coisa chata, gente. Geralmente, no fim da tarde a dor no ciático aumenta. Chega à noite e o bicho pega. Antes de dormir estou imprestável, tomo um banho bem quentinho e deixo a água cair nas costas para ajudar a aliviar, mas nem sempre faz muita diferença.

Alguém passou pela mesma coisa no fim da gravidez? Alguma dica para amenizar o problema? E como fica no parto (normal, no caso)?

Amanhã tenho consulta e vou descobrir mais sobre o assunto. Na sequência compartilho por aqui.

(E antes de ir embora uma novidade: a Clara virou! Ela estava sentada, mas no exame que fiz esta semana o médico disse que a moça já deu a tã esperada viradinha.)

Sobre a dor do parto

Li para uma disciplina do mestrado o livro Memória, de Iván Izquierdo. Na página 66 o autor cita a ocitocina, principal hormônio do parto e que age sobre o útero. Separei um pedaço que achei interessante:

“..mas também afeta direta e indiretamente neurônios de amígdala, provocando sua inibição e tendo, […], um efeito amnésico. Lembremos aqui que os partos costumam ser dolorosos, e não obstante isso, as fêmeas de numerosas espécies, as mulheres, por exemplo, costumam ter vários filhos e não se lembram da dor real que representou cada parto. Lembram-se das circunstâncias da dor, do fato de que houve muita dor, mas não da dor em si. A dor é uma das poucas coisas emocionalmente importantes que não pode ser evocada em sua verdadeira intensidade”.

Minha mãe uma vez me disse, antes do Vítor nascer, que a gente esquece a dor do parto e só lembra quando chega a hora de parir de novo, que daí vem aquele pensamento: “O que eu fui fazer?”, o típico “Oops, I did it again”. Palavra de quem teve três filhos, todos de parto normal.

Eu acredito, né? Até porque se a gente não esquecesse da dor… jamais teria o segundo filho (pelo menos de parto normal)!

A natureza é muito sábia!

Sobre o corpo, a mente e a alma depois do parto

PARTO

No fim da gravidez eu só pensava na hora do parto. Pesquisei, li, busquei informações. Queria saber tudo que poderia acontecer, o que eu iria sentir, como seria.

Quando a bolsa estourou não conseguia acreditar que era verdade, que o momento que eu tanto esperava estava ali, acontecendo, no gerúndio mesmo.

Banho, contrações, hospital, dilatação, sala de parto, dor, força, bebê. Tudo isso em 1 hora e 17 minutos (a bolsa estorou às 20:22 e o Vítor nasceu às 21:39). Ou seja, meu corpo invadido por hormônios e seguindo os passos da minha natureza interior em segundos.

Meu parto foi normal e rápido, mas não escapei do fórceps e da episiotomia. Acredito que por isso minha recuperação foi um pouco mais lenta e dolorida. Eu me sentia bem, porém os pontos estavam ali para me lembrar o tempo todo que eu recém tinha parido. Aliás, um dos pontos ainda está ali, mesmo depois de quase 2 meses (essa semana eu tenho consulta e vou me despedir desse resquício do parto).

Sabe que foi estranho, mas por mais que eu tenha preparado meu corpo e minha mente para o parto muitas coisas foram diferentes do que eu imaginava. Não que isso tenha causado alguma frustração, apenas me mostrou outras possibilidades. Por exemplo: li relatos de parto normal, parto normal induzido, parto natural, parto em casa, cesárea, mas nenhuma vírgula sobre parto com uso de fórceps. Nada, nadinha. Outro exemplo: em todos os relatos as mães descreviam o momento do nascimento do filho como mágico, sublime. Sorry, não senti nada disso. Era como se eu estivesse em outra órbita, vendo tudo acontecer sem ser a protagonista da história. A dor era tanta que não conseguia nem falar. Eu estava muito concentrada e demorou para eu me situar novamente.

Claro que hoje quando lembro do parto eu fico emocionada. Tento guardar cada segundo na minha memória. Agora, sem dor, sem sangue e de pernas fechadas eu posso afirmar que aquele dia foi realmente mágico, especial. Entretanto, na hora eu estava fora de mim.

AMAMENTAÇÃO

Depois do parto é a vez do corpo trabalhar para amamentar o pequeno ser que acaba de nascer. No hospital foi tudo tranquilo, os primeiros dias em casa também. Não sei dizer exatamente o dia que o leite “desceu”, lembro só da sensação do seio pesado e quente.

Então eu e o Vítor fomos nos conhecendo e tudo estava ótimo até o peito rachar. Nossa, quanta dor! E para completar o pequeno queria só mamar! Ou seja, ficava pendurado em mim. Daí depois de uma noite inteira com ele mamando quase que sem parar eu entrei em desespero e tive que apelar para o leite artificial. Só assim o menino sossegou e consegui recuperar meu seio.

Fiquei chateada em ter que oferecer NAN para o meu filho, mas tentei não pensar muito nisso. O bom foi que o leite artificial e a mamadeira me deram fôlego para eu me concentrar mais na amamentação, ter mais paciência. Além disso, ganhei um pouco de liberdade, pois agora posso deixar o Vítor com o pai ou com a avó sem me preocupar se ele vai sentir fome.

BABY BLUES

Baby blues é um período de melancolia pós parto. Eu fiquei um pouco deprimida por aproximadamente uma semana depois do nascimento do Vítor. Chorava por qualquer coisinha, estava super emotiva. O Fábio chegava a rir de mim quando eu começava a fazer biquinho.

Acho que faz parte do período de adaptação mesmo. Primeira semana com o novo interante da família, muitas visitas, sem tempo para cuidar da casa, dar atenção ao cachorro, enfim… muitas tarefas e novidades. Eu me sentia frustrada por não conseguir dar conta de tudo. Sou um tanto controladora, gosto de estar por dentro do que acontece ao meu redor. Muitas coisas prefiro fazer eu mesma do que pedir ajuda. Daí que quando o Vítor nasceu eu precisava me dedicar totalmente, quase 24 horas de atenção para ele. Sem falar que eu estava cansada. Sem falar que eu sentia dor. Foi complicado, mas tive que ceder e aceitar todo suporte que a minha família oferecia. No fim das contas deu tudo certo e o baby blues logo foi embora!

Claro que nem tudo é só alegria agora. Têm dias que não consigo fazer o que eu gostaria. Qualquer dorzinha de barriga muda a nossa rotina e deixa o bebê carente, querendo muito colinho. Aliás, ter uma criança em casa faz com que a vida não seja nada prevísivel. Então às vezes eu me sinto frustrada mesmo, não tem como fugir desse sentimento de #mãedemerda, principalmente quando eu fico sem saber o que fazer.

CORPO

Nova vida, novo corpo. E que corpo! Seios gigantes, estrias por todos os lados (algumas que eu não enxergava durante a gravidez me apavoraram depois que o barrigão foi embora).

Entretanto o que mais me apavorou mesmo depois do parto foi a pança. Gente, o que é aquilo? O Vítor nasceu domingo de noite. Segunda de manhã acordei às 6 e quis ir direto para o banho. Quando tirei o modelito gracioso do hospital fiquei chocada com a gelatina que estava instalada no meu ventre. É assim?! Tchau bebê, olá flacidez mode ON turbo total?!

Tive que recorrer à cinta pós parto tamanho GG (tão maravilhosa quanto um sutiã de amamentação BEGE). E aquele tréco me apertava de um jeito que tive que ser persistente para aguentar firme e não jogar a peça pela janela.

Mas agora, quase 2 meses depois, a barriga já está voltando para o lugar dela. Durante a gravidez engordei 13 quilos. Uma semana depois me pesei e tinha perdido 8. Atualmente não sei meu peso, porém acredito que mais uns 2 também devem ter ido embora.

MATERNIDADE

Não existem clichês palavras para descrever o sentimento de ser mãe. É algo que nasce no coração, brota no corpo e costura nossa alma.

Apaixonada, é assim que estou. Cada dia mais. Para sempre mais.

Mamãe, já sei sorrir!

Vítor começou a responder nosso mimimi bebê lindo da mamãe, olha aqui pro papai meu bolachão fofo com risadinhas lindas! E tenho que dizer: ô delícia! Coisa mais gostosa receber um sorriso banguela!

Fica aqui meu desejo de um bom fim de semana com algumas imagens de carinhas fofas dele 😉

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Sobre a dor de ouvido… ele já está bem melhor. Noite passada dormiu direitinho e não tivemos mais aquele chororô de dar dó. AMÉM!

Rápidas super rápidas antes que o bebê chore

Gente! Novidade: vou ser estrela de um filme. O nome já foi escolhido: “História de uma mãe panda. Baseada em uma noite não dormida”.

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Um aviso: a história não é nenhum romance, é drama. Drama puro!

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Agora vou falar sério: tô fazendo um intensivo especial para mães de primeira viagem. A primeira aula foi icterícia (confira a matéria aqui e aqui). Depois veio gripe e refluxo. O conteúdo problema da vez é infecção no ouvido.

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Vítor tá ruim, ruim. Tadinho, a dor no ouvido atacou mesmo. Segundo o pediatra é tudo culpa do maldito refluxo. Leitinho volta e fica em um canal atrás do ouvido. Daí dá merda inflama.

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E a mamãe, como fica? Um CA-CO! Noite passada dormi 40 minutos. Exatamente… 40 míseros minutinhos e ainda nem foi tudo de uma vez. Foram 20 às 4 da manhã e mais 20 às 7. O resto da noite? Buá, buá, buá, nhé, nhé (e muito tapas na cara da mãe e puxões de cabelo raivosos de um babyzinho louco de tanta dor).

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E para completar tenho outras novidades. Uma boa e uma ruim. Qual vocês querem primeiro?

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Tá, vou começar pela boa! Eu vou ser titia! Isso mesmo, a irmã do Fábio está grávida de 6 semanas. Família feliz e muitos vivas!

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Já dei um conselho pra ela: dorme, cunhada! Dorme porque depois o bicho pega. Com sorte tu vai conseguir dormir direito quando teu filho tiver uns 25 anos (isso se ele não tiver um filho chorando no colo e te ligar de madrugada desesperado pra perguntar o que fazer – sim, eu fiz isso ontem, liguei para mãezinha).

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Ah, agora a novidade ruim. Descobri estrias atrás do joelho. RÁ! Isso só acontece comigo, né?! Diz que não, por favor!

O parto

Na sexta, dia 8 de abril, eu completei 40 semanas de gravidez. A médica já tinha sugerido induzir o parto, pois eu estava muito ansiosa e as condições eram favoráveis (eu já tinha 4 cm de dilatação, o bebê estava baixo e o útero mais fino).

No entanto, eu não me sentia segura com a ideia da indução. Tinha medo de ser muito doloroso e de acabar em uma cesárea. Se isso acontecesse eu iria me sentir muito culpada depois. Conversei com o Fábio e decidimos não arriscar. Combinamos esperar mais um pouco por um parto normal (sem ocitocina sintética). Se o Vítor não chegasse até a data da próxima consulta, terça, dia 12, a gente iria do consultório direto para o hospital e acabaria induzindo parto normal. Ficaria de 2ª opção por mais uns dias.

O sábado, dia 9, foi tranquilo. Fui em um aniversário com a minha mãe, cheguei em casa pelas 7 da noite e o Fábio estava me esperando para a nossa caminhada diária (tentativa de incentivar o trabalho de parto). Andamos cerca de 4 quarterões e comecei a me sentir mal. Eram contrações mais fortes do que geralmente eu sentia. Sentamos um pouco e decidimos voltar pra casa. Cheguei e fui direto para o chuveiro, mas quando saí do banho já estava bem de novo.

Ficamos alerta durante toda noite, porém nenhuma mudança. Domingo, dia 10, acordei bem e saímos para almoçar. No fim da tarde passamos no meu primo para comemorar o aniversário dele. Não ficamos muito e seguimos para casa, eram umas 7 e meia da noite.

Cheguei, tomei um banho e sentei na sala com o notebook. Exatamente às 8 e 22 da noite senti uma contração mais forte. Levatei para ir no banheiro e… ploft! A bolsa rompeu.

Era água que não acabava mais (glamour parte 1). Olhei para o Fábio meio sem acreditar e ele correu para buscar uma toalha. Sentei no chão, peguei o celular e mandei uma mensagem de texto para a minha médica. Esperei um pouco e fui para o chuveiro enquanto o Fábio pegava as coisas que faltavam na mala da maternidade (escova de dente, escova de cabelo, etc.).

1º passeio na casa da bisa

Durante o tempo que fiquei no banho não sentia dor. Entretanto foi só fechar o chuveiro que as contrações vieram com intensidade total, uma depois da outra. Não tinha capacidade de contar o intervalo e nem me preocupei com isso. Coloquei o primeiro vestido que vi na minha frente e fomos para o hospital.

A médica chegou na mesma hora que a gente e me acompanhou até um quarto. Coloquei a camisola linda-modelo-bunda-de-fora (glamour parte 2). Ela me examinou e viu que eu já estava com 8 cm de dilatação. Eu sentia muita dor, não conseguia ficar deitava, nem sentada. Duas enfermeiras me prepararam para o parto, enquanto o Fábio estava cuidando da parte burocrática na recepção.

Fui para a sala de parto e perdi a noção de tempo. Meus únicos marcos naquela noite são: 8:22, hora que a bolsa estourou, e 9:39, hora que o Vítor nasceu.

Na sala de parto tentei me concentrar para respirar como a médica indicava. Eu fazia muita força quando começava a sentir a contração e lembro de reclamar várias vezes pelo calor do ambiente (glamour parte 3).

Era como se eu estivesse em um universo paralelo. Não conseguia falar direito, nem sequer pensar.

O bebê estava no canal de parto, mas vinha e voltava. Até que eu gritei que não aguentava mais (glamour parte 4) e a médica sugeriu a utilização do fórceps. Eu aceitei, acho que aceitaria qualquer coisa naquela hora.

A médica disse que eu sentiria uma pressão na hora que ela colocasse o fórceps, mas não senti nada. Mais uma contração. Empurra. Força. E… chegou. Som de um chorinho gostoso na sala. Era o meu filho que gritava. Ali estava o Vítor!

O Fábio trouxe ele para pertinho de mim. Peguei o Vítor no colo e ficamos ali juntinhos. Depois… tchau, mamãe. Ele foi para o berçário e só nos vimos mais tarde no quarto. Enquanto isso eu levei os pontos (5) e fui descansar um pouco.

No outro dia já recebemos alta. A semana foi bem tranquila. Ainda estamos nos adaptando, mas de modo geral tá tudo bem! Logo eu volto pra contar um pouquinho dos nossos primeiros dias!

A calçada

Sim, a maldita.

Acontece que ontem eu caí na rua. Estava indo numa loja com o Fábio, no centro da cidade, quando tropecei e fui de cara/pança no chão.

Logo senti dor no joelho. O Fábio me ajudou a levantar e sentei no carro. Daí bateu o desespero e comecei a chorar. Era de dor, era de receio, era de nervoso.

Voltamos para casa e deitei na cama. Eu estava com as mãos e com um dos joelhos arranhados. Não sentia nada diferente em relação ao bebê, mas achei melhor ligar para a médica.

Ela estava indo para o hospital pois ia fazer um parto e disse para eu ir até lá. Logo que cheguei fui atendida e uma enfermeira me colocou em um aparelho que monitora os batimentos cardíacos do bebê e as contrações da grávida.

Fiquei 20 minutos no aparelho e depois do parto a médica foi analisar o resultado. Ela disse que está tudo bem comigo e com o Vítor, ou seja, o tombo não passou de um susto. Sorte nossa! Agora é cuidar para evitar outro acidente. Deu já, né?!

Rapidinhas da semana

* Terça de noite comecei a sentir dor na barriga, mas nada de contração, apenas uma sensação estranha. Na quarta acordei e ainda não estava me sentindo bem. Tentei falar com a minha GO, porém não consegui. A alternativa foi ir para o plantão do hospital da cidade, onde logo fui atendida. Recebi medicação para a dor e fiquei no soro por mais ou menos uma hora. A dor passou e em seguida minha médica chegou para ver como eu estava. Ela me examinou e verificou que estou com 2 cm de dilatação. Na metade de fevereiro eu já estava com 1 cm, agora aumentou um pouquinho.

* Pois não é que tem um pitoquinho que está louco para nascer?! A médica acredita que eu não vou até as 40 semanas, o Vítor deve chegar um pouco antes. Anyway, a recomendação segue a mesma: repouso (juro que estou me comportando quietinha em casa).

* Depois da visitinha antecipada ao hospital fiquei surtada. Vi que já está mais do que na hora de deixar tudo pronto. Hoje fui na farmácia e comprei mil coisinhas importantes como: gaze, algodão, álcool 70%, cotonetes, sabonete neutro, enfim… listinha básica. Além disso, eu me entreguei e resolvi pegar uma chupeta e uma mamadeira (just in case, nunca se sabe). Ambos os itens possuem bico ortodôntico. Achei melhor comprar logo e deixar guardadinho em casa do que sair correndo atrás depois.

* Ainda no momento surtotenhoquedeixartudopronto fiz a lista das malas de maternidade (da mamãe e do bebê). Separei algumas coisas e já comecei a montar. Mas sério, é muita coisa! Parece que vou passar um mês fora de casa!