Arquivo da categoria: Fofurices e travessuras

Sobre irmãos

Tem gente que acha que ter mais de um filho significa dividir. Dividir os gastos, a atenção, o tempo.

Sim, isso é um pouco verdade.

Mas eu, particularmente, prefiro encarar a matemática materna de outra forma. Ao invés de dividir a vida entre meus dois filhos, eu escolho multiplicar.

Acho que eles também, né?

Amor dobrado ao ver a cena.
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Vítor: 2 anos de travessuras (e é só o começo)

Confira o top 5 de travessuras (registradas) do Vítor!

1 – Festa com o balde de lenço umedecido

Um segundo de descuido e o menino tira tudo para fora.

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2 – Creme de assaduras transformado em creme corporal

Além do rosto, corpo e roupa, o sofá também foi vítima.

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3 – Maizena na cama

Isso aconteceu 5 minutos antes da gente sair para viajar. Só o aspirador de pó que salva em momentos assim!

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4 – Nova decoração

Vítor achou as paredes da casa muito sem graça e decidiu pintar de giz de cera verde.
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5 – Come, mana!

No sábado pela manhã, eu estava sozinha com a dupla. Eis que vou pegar uma fruta para comer e o Vítor diz que quer banana. Entrego uma na mão dele e dois minutos depois, quando vou no quarto verificar o que ele e a irmã estão fazendo, vejo isso:
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Bonzinho, não? Deu para a mana! Tive que até pedir para ele sentar com ela e registrar o momento.
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É, minha gente. Logo, logo vão ser dois para aprontar. Daí que eu quero ver!

Vítor em… tagarelando

Palavra Cantada aqui em casa é “Patata”. Vítor simplesmente adora. Quando entra no carro, a primeira coisa que pede é o CD do “Patata”.

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Eu virei a mamãe “Nanda” e o pai o papai “Fabo” (Fábio). Já a minha irmã é a “dida Rapipa” (dinda Rafinha).

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Vítor adora mexer no meu celular. Dias atrás, ele o pegou e saiu apertando tudo que é botão. Do nada, surgiu uma voz masculina da programação de comandos de voz. O menino, extremamente surpreso, me olha, coloca o telefone no ouvido e diz: “Alô, pai?”.

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Quando a Clara está chorando, Vítor chega perto, dá um beijinho e diz: “Não tola, mana”.

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A cor da vez é “amalelo”. Primeiro ele confundia e indicava tudo como “amalelo”. Agora, já sabe diferenciar. No fim de semana, viu um Uno bem discretinho, tipo o da foto abaixo e exclamou, emocionado: “Amalelo”.

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Sem dúvidas, meu filho! E bota amarelo nisso!

Como assustar um casal sem filhos

Quer assustar um casal sem filhos? Convide-o para sair para jantar e leve as crianças.

Hoje passamos por isso. O saldo da noite foi:

VÍTOR

– Só falou NÃO. “Quer comer? Não”, “É o Mickey? Não”, “Chama a mana. Não”.

– Ninguém podia olhar ou sequer pensar em olhar para o menino que ele repetia o sonoro NÃO. Isso inclui os amigos que estavam com a gente e também as pessoas que trabalhavam no local, como a simpática garçonete (estou sendo irônica) que tentou interagir com meu filhote de onça e quase levou um tapa (e eu me pergunto: por que forçar a barra com uma criança, hein dona garçonete?).

– Chilique básico do moço com um copo de água.

– Depois de comer, correrias mil pelo local.

CLARA

– Lambeu os sachês de mostarda e os derrubou no chão (uma vinte vezes).

– Tentou rasgar o cardápio.

– Fez cocô e perfumou todo o ambiente com o adorável aroma de fralda. O restaurante não tinha fraldário e tive que deixá-la suja e fedendo por alguns minutos, até a hora de ir embora.

Pobre do casal sem filhos. Se eles nos evitarem daqui para frente… já sabemos o motivo.

Clara e o bolo

Hoje à tarde fui na casa da minha avó com as crianças e o Dexter, nosso cachorro. Na hora de ir embora, ela me deu um pedaço de bolo para que eu levasse para o Fábio.

Acontece que minha avó não achou nenhum pote plástico com tampa. Na pressa, eu disse para deixar sem tampa mesmo, que eu teria cuidado (tragédia anunciada depois da minha frase cheia de certeza!).

Enfim, seguimos para casa. Quando chegamos, tirei o Vítor e o Dexter do carro e os coloquei no chão. Peguei a Clara no colo e depois minha bolsa e o tal do pote com o bolo.

Fomos subir as escadas do prédio e me distrai por um instante para ajudar o Vítor. Adivinha o que aconteceu? A dona Clara enfiou a mão com tudo na cobertura do bolo.

Agora, imagina a cena: eu, com uma bolsa pendurada, a Clara no colo, tentando segurar a mão dela suja de chocolate e tendo que impedir o Vítor de subir sozinho. Ainda tinha o Dexter nos meus pés, apavorado com os meus gritos (pessoa histérica, a gente vê por aqui).

O Fábio nos ouviu, desceu e ajudou a resolver a situação. No fim, terminei com a blusa toda suja. E a Clara? Também se sujou todinha, tinha chocolate até perto da orelha. Sem falar que não perdeu a oportunidade de dar uma lambida na meleca. E nada de cara feia para o gosto do doce.

Criatividade e desenvolvimento infantil: protejam as paredes

O Vítor não vai na escola. Pela manhã fica com a babá e à tarde comigo. Sendo assim, tenho que sempre pensar em atividades e brincadeiras lúdicas para ele. Afinal, quando a criança fica em casa, é muito fácil cair no lugar comum e terminar com os pequenos na frente da televisão.

Uma das descobertas recentes é desenhar e pintar. No início, o Vítor não se envolvia muito, mas com o tempo começou a explorar o mundo de cores do giz de cera.

Na empolgação, comprei esta semana um pequeno kit de tintas. Em uma noite, antes do banho, dei o material para o Vítor e o deixei livre.

Ele simplesmente amou a experiência de pintar com os dedos! Foi muito divertido!

Concentrado

Concentrado

É ou não é um verdadeiro artista?

É ou não é um verdadeiro artista?

Acontece que explorar a criatividade dos filhos tem dois lados. Abaixo, um deles, nada interessante:

A parede estava muito sem graça, mamãe

Mamãe, a parede estava muito sem graça

Agora, vou ter que ter mais cuidado com o meu projeto de Monet, pois a criatividade dele não respeita contornos. Que continue assim! A parede a gente limpa depois.

As últimas do Vítor

Minha irmã mostra para o Vítor uma foto em papel, que eu tinha mandado revelar. Ele olha e diz “main”, que significa “mais”. Na mesma hora, coloca o dedo na foto e faz o movimento de passar a imagem, como se fosse touch screen. Eta geração tecnológica!

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Família no supermercado. Lugar lotado. Fábio vai pegar as frutas e eu “estaciono” os carrinhos (um com cada filho) perto de uma prateleira com bolachas, para esperar. Acabo me distraindo com a Clara e nisso o Vítor pega um pacote de bolachas e abre com uma mordida. Enche a boca e fica com a embalagem embaixo do braço, como quem diz “é meu”.

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Toda vez que o Vítor entra no carro ele diz: “cuca, pai”. Tradução: “música, pai”. Fofo!

Meu menino moleque!

Meu menino moleque!

Arte bebezística e desenhos espalhados pela casa

Vítor não gosta muito de desenhar ou pintar, mas na semana passada consegui chamar a sua atenção para uma atividade diferente. Ao invés de apenas rabiscar em cartolinas, como geralmente fazemos, sugeri que a gente elaborasse um desenho e recortasse, para criar uma espécie de enfeite para o quarto dele.

Na hora de escolher o tema da atividade, não tive dúvida: noite. O Vítor é fascinado pela lua e pelas estrelas, então adorou a proposta. Ele me ajudou a pintar o desenho e a colocar o resultado do trabalho pendurado no canto do espelho. Agora, toda vez que passa aponta e fica admirando a própria lua.

Outro critério para a escolha do tema foi a falta de habilidade artística da mãe

Outro critério para a escolha do tema foi a falta de habilidade artística da mãe: não poderia ser nada muito complexo

A participação do Vítor

A participação do Vítor

O resultado final

O resultado final

Esta semana, pretendo fazer um sol com uma nuvem para enfeitar outro cantinho da casa.

E por aí, a criançada gosta de fazer arte? Sugestões para uma mãe sem muita habilidade artística?

Coisas de Vítor

Meu pai torce para o Grêmio e o Fábio para o São Paulo. Meses atrás, Vítor aprendeu a falar “Êmio”, para se referir ao Grêmio. Porém, de uns tempos para cá, passou a chamar o Grêmio de “Paulo” (aparentemente do nada, mas penso que foi o papai que ensinou, em segredo). Agora, sempre que vê o símbolo do tricolor gaúcho, aponta e grita “Paulo!”. Eu tento explicar e digo: “Mas é o Grêmio, filho”. Ele me olha, ri e diz: “Paulo”.

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Vítor sempre faz confusão com os verbos subir, “bi”, e descer, “dê”. De vez em quando ele começa “bi, bi, dê, bi, dê, dê”, pois está com pressa e não consegue pensar o que quer expressar. É super engraçado.

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Quer chamar o Vítor para fazer alguma coisa que ele não quer naquele momento (como comer, ir para o carro, tomar banho ou dormir)? Fácil. Basta dizer que vai contar uma história com os elementos macaco, igreja, prédio, bola e água. E hava criatividade! Um exemplo: “O macaco subiu na torre da igreja e viu a bola perto do prédio. Então, ele foi buscar a bola e depois brincar na piscina com a água”. Outro: “O macaco foi no balanço do Vítor, daí a Preta – nome da cadela da minha mãe – viu e pulou na piscina para pegar a bola que tinha caído do prédio. Mais tarde, a Preta foi na igreja”. Vale tudo! Ele escuta na maior concentração e fica mega interessado.

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Vítor sempre ganha roupas que eram do meu afilhado e não servem mais. Na última vez que minha tia trouxe algumas peças, ele viu e memorizou aquilo. Desde então, quando separo uma daquelas peças para ele usar, ele diz “Tutu”, em referência ao Arthur, meu afilhado. Acabou virando uma estratégia. Toda vez que ele foge de mim na hora de trocar de roupa eu digo que vamos colocar uma roupa do Tutu e ele vem feliz da vida.

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Vítor relax com a roupa do violão, outro elemento que serve na argumentação na hora de trocar de camiseta

Um carro, dois bebês e três horas de viagem

No sábado, fomos para a praia. No total, deveriam ter sido três horas de viagem, mas como era feriado e tinha movimento, acabamos levando quatro. Agora, imaginem o que era a gente com casa, cachorro, papagaio, criançada e a minha irmã, tudo e todos dentro de um carro, por QUA-TRO horas. Imaginaram? Pois bem, garanto que foi pior. Muito pior.

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O plano era sair às 6h (assim como a ideia era de que a dupla fosse dormindo). Óbvio que não conseguimos. Partimos rumo ao litoral às 6h45min. Vítor e Clara acordados e com os olhos arregalados. “Logo eles dormem”, penso eu.

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Primeiros 20 minutos de tranquilidade e depois de um pouco de balanço os dois pegam no sono. Chego a pensar que vão dormir por todo trajeto. Engano.

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Lá pela metade do caminho eles acordam. Vamos de Palavra Cantada para tentar manter a calma. Funciona bem, mas por pouco tempo.

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Clara começa a ficar impaciente, com fome. Carro praticamente parado na rodovia, em função do movimento. Minha irmã, que está atrás com as crianças, começa a apelar para a mochila dos brinquedos.

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“Clara, olha aqui a bonequinha”. Vítor quer o mesmo brinquedo. Dá outro para a Clara. Ela chora. Quer peito. Mamãe canta. Aumenta o volume. Família toda dança. Clara chora.

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Carro anda um pouquinho e peço para parar. Assim, troco com a minha irmã e pulo para trás para amamentar com o carro em movimento. PAUSA. Alguém já tentou isso? Nossa, é uma verdadeira façanha dar o peito sem tirar o bebê da cadeirinha. Haja coluna! Porém, melhor assim do que deixar a segurança de lado. Vamos em frente. DESPAUSA.

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Clara mama um pouco, mas continua nervosa. Vítor começa a ficar entediado. Os dois choram em sinfonia. Aumenta o som, papai!

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CD da Palavra Cantada toca pela quarta vez na viagem. Tento mexer os braços freneticamente no espaço de 30 centímetros que sobra pra mim entre uma cadeirinha e outra. “Tibum, tibum, da cabeça ao bumbum, tibum, tibum, da cabeça ao bumbum”.

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Eu, com meu dom de errar todas as frases de uma música, impressiono com a voz desafinada. Os dois seguem chorando. Tenho vontade de descer e ficar na beira da estrada pedindo carona (claro que apenas para pessoas sem crianças no carro).

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Depois de tanto caos, Vítor se acalma e Clara tenta dormir. Faltam poucos minutos. Alegria geral da nação. Esboço um sorriso.

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Quatro horas na estrada e felizmente chegamos. Eu, Fábio, as crianças, minha irmã, o Dexter (nosso cachorro) e meia dúzia de malas. Só faltou um papagaio mesmo.

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A viagem foi cansativa, no entanto valeu a pena pelos dias que ficamos fora. E tem mais: na volta, eu fui recompensada por dois anjinhos que dormiram a viagem inteira. INTEIRA! Volta de Carnaval sem trânsito e em silêncio. O que mais eu poderia pedir? Consegui até superar a ida turbulenta (e começar a planejar a próxima viagem – afinal, mãe é assim, basta o filho dormir a noite toda que ela já pensa em fabricar mais um).