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Introdução alimentar: agora vai

Comentei aqui e aqui sobre a introdução alimentar da Clara.

Começamos através do método BLW, que consiste no bebê experimentar com as próprias mãos sabores e texturas. No entanto, tudo num ritmo muito lento, seguindo com amamentação em livre demanda.

A Clara foi se familiarizando com os alimentos, especialmente legumes, vegetais e frutas. Ela come bem, do seu jeito, e fazendo uma bagunça básica. Adora brócolis, cenora, goiaba e banana.

Então, agora que ela já teve o primeiro contato e tem mais interesse pela comida, comecei a introduzir outros alimentos também com a colher, como arroz, feijão, lentilha, batata e sopa. Tudo sem amassar, já em consistência normal, apenas em pedaços menores. Assim, combinamos o BLW e a alimentação regular, com talheres.

De tal forma, também passei a não deixar mais leite materno quando vou trabalhar. Durante o período que fico fora, que nunca é superior a 4 ou 5 horas, ela come fruta como lanche. Tem funcionado bem e é uma delícia a carinha dela quando me vê chegando, com um sorriso enorme e ansiosa para mamar!

É… meu bebê tá crescendo.

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Escola x babá

Semana passada fui visitar uma amiga com bebê pequeno que está vivendo o dilema escola x babá.

Aqui em casa tivemos as duas experiências. O Vítor começou a adaptação na escola com 4 meses e permaneceu até quase 2 anos. Já a Clara ficou comigo direto até praticamente 6 meses e agora fica com a babá quatro manhãs por semana.

O que eu percebo, como principal diferença, é no que se refere às doenças. Frequentando a escola, é inevitável que as crianças fiquem mais expostas e vulneráveis. O Vítor, no primeiro ano de vida, teve virose (mais de uma), gripe, bronquiolite e catapora (que eu me lembre!). Já a Clara, com 8 meses, está na sua segunda doencinha. Ela teve no primeiro mês de vida uma crise de bronquiolite e agora está com sinusite.

Entretanto, cada situação é muito particular. Abaixo uma lista com tópicos que considero importante avaliar na hora de decidir entre uma escola ou uma babá:

– Segurança: a escola é confiável? E a babá? Buscar referências sempre, para ambos os casos.
– Alimentação: a alimentação é saudável e adequada na escola? Em casa, eu continuarei sendo a principal responsável pelo que os meus filhos vão comer, pois a babá vai oferecer o que eu comprar e orientar.
– Financeiro: o que é mais em conta? Uma mensalidade ou um salário? Isso varia muito, também em função do número de filhos e do número de horas (aqui, por exemplo, um salário é mais em conta do que duas mensalidades de meio turno).
– Localização: a escola é perto de casa ou do trabalho? É importante avaliar o tempo de deslocamento, principalmente em grandes cidades. Com a babá existe o conforto de não precisar tirar as crianças de casa, especialmente no inverno.
– Atenção individual: qual o tamanho da turma na escola? A professora tem condições de observar e atender a criança também na sua individualidade?
– Ambiente externo: a escola possui ambiente ao ar livre? As crianças fazem atividades nesse espaço? Eu considero isso muito importante, pois moramos em apartamento e nem sempre conseguimos proporcionar atividades externas com regularidade.

Enfim, como eu disse, cada caso é muito particular. Além do contexto da família, é importante avaliar a idade e as características da criança.

Mas, por enquanto, o que posso dizer é que nossa experiência com babá está sendo muito positiva.

Escrevi mais sobre o assunto em: A opção de ter uma babá.

Braços e pernas em forma, mas a barriga…

Semana passada fui na nutricionista. Já estava mais do que na hora de assumir meu corpo atual para conseguir chegar no que desejo.

A questão nem é o peso extra pós-gravidez, pois eu consegui eliminar todos os quilos que ganhei nas duas gestações. O problema mesmo é a gordura que já existia antes e que insiste em me acompanhar.

A consulta foi daquele jeito que as primeiras consultas são: entrevista, conversa sobre hábitos alimentares e a temida hora das medidas e balança.

Confesso que o peso não me apavorou, estava dentro do que imaginava, assim como as medidas.

O que me deixou surpresa foi a avaliação das dobras cutâneas. Acreditam que fui elogiada? É! Braços e pernas super em forma. O motivo? Carregar um moço de 13 e uma moça de 9 quilos no colo para cima e para baixo e subir quatro andares de escada todos os dias, de duas a oito vezes. A vida de mãe tem lá suas vantagens, né?

Infelizmente, em relação a barriga, não posso dizer o mesmo. Ali tá caótico e gelatinoso o negócio. Não vai voltar nunca para o lugar??? Alguém me dá uma esperança?

Festa em casa: decoração e comidinhas

A decoração da festa de 2 anos do Vítor foi praticamente toda reaproveitada do ano passado. Eu guardei o que sobrou da papelaria feita pela TracoD, com a ilustração de macaquinho da Joana Heck. Apenas imprimi novamente o Z perdido do letreiro e coloquei em um barbante, usando prendedores de roupa para segurar.

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Também reutilizei as caixas encapadas com tecido poá azul, este ano para colocar os cupcakes, e os copos e pratos plásticos coloridos que restaram da festa de 1 ano.

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A única coisa nova que comprei para a decoração foi a torre azul, onde coloquei os copinhos de doces. Paguei menos de R$ 6,00 em uma loja de embalagens.

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O cardápio da festa era bem simples. Os salgados encomendei em uma padaria. Escolhi sanduíches e pizzas de frango e salgados fritos diversos. Já os doces foram feitos por mim, pela minha irmã e pela Paula, madrinha do Vítor. Fizemos copinhos com brigadeiro e mousse de limão e cupcakes de chocolate. Para completar, uma salada de frutas com morango, banana e maçã. Para beber, suco natural de maracujá e refrigerante.

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Optei por fazer os copinhos, pois não tive tempo para organizar a festa. Para vocês terem uma noção, marquei com os convidados às 17h30min. Os cupcakes foram tirados do forno as 17h25min. Ou seja, foi tudo muito rápido e, por isso, precisava ser o mais prático e simples possível.

Quantidades

Participaram da festa 14 adultos e 3 bebês. Encomendei 50 sanduíches, 50 salgados fritos e 30 pizzas. Fiz 50 copinhos de doces, aproximadamente 30 de brigadeiro e 20 de limão, e mais ou menos 30 cupcakes pequenos.

Os copinhos e as colheres comprei em uma loja de embalagens. Paguei R$ 0,30 a unidade do copo e R$ 3,00 um saquinho com 50 colheres.

A quantidade foi ideal. Sobrou, mas nada exagerado (e tudo devidamente comido no dia seguinte e repartido com colegas de trabalho da mamãe e do papai).

Receitas 

Para o brigadeiro, usei 3 latas de leite condensado e achocolatado em pó. Fiz o brigadeiro normalmente, na panela, e quando estava pronto misturei 2 caixas de creme de leite. Mexi até ficar uma consistência mais cremosa e coloquei nos copinhos.

Já o mousse de limão foi feito com 1 lata de leite condensado, 1 caixa de creme de leite e o suco de 2 limões. Basta bater tudo no liquidificador e pronto! Receita super fácin.

A receita do cupcake já foi publicada no blog (aqui). Apenas troquei achocolatado por cacau em pó. Ficou uma delícia! A cobertura é meia lata de creme de leite misturada em banho maria com 1 barra de chocolate meio amargo.

As aventuras de Clara no mundo comestível

Prometi voltar para contar como está sendo a introdução alimentar da Clara. Pois bem, aqui estou. No entanto, antes de mais nada, preciso reconhecer que o processo está lento, quase parando.

Na verdade, é um misto de preguiça e receio. A amamentação está tão bem estabelecida que não dá vontade de mudar nada. Além disso, eu sinto como se não estivesse na hora. É uma conclusão sem muito embasamento, apenas guiada pelo meu feeling materno.

Então, estamos indo bem devagar, respeitando o tempo da Clara e observando como ela está lidando com a nova fase.

Eu tenho incentivado a introdução (ou o projeto de introdução) com base no BLW. Até agora, a Clara já deu umas lambidas em banana, uva, maçã, brócolis e cenoura. Tudo sem muita ordem e critério.

Ela fez cara feia para as frutas e aceitou um pouco melhor os legumes. O brócolis foi o favorito. Ela segura bem direitinho o cabinho e leva até a boca para chupar.

Aqui, um registro dela “comendo” tiras de maçã em um pratinho.

O prato fez mais sucesso que a maçã

O prato fez mais sucesso que a maçã

E assim seguimos… lembrando sempre que até 1 ano a alimentação é complementar e o leite materno o principal alimento para o bebê. Então, sem pressa.

Nada de papinhas e sopas: introdução alimentar e BLW

Nas minhas pesquisas e leituras sobre o universo infantil descobri algo novo que me deixou totalmente encantada: o BLW (Baby-Led Weaning), a introdução alimentar guiada pelo bebê. Trata-se de deixar a criança explorar as texturas e os sabores dos alimentos com as próprias mãos, a partir dos 6 meses. O método é uma alternativa às papinhas e sopas, geralmente oferecidas pelo cuidador com uma colher.

Alguns princípios do BLW:

– Amamentação como base: a fase inicial da alimentação, a partir dos 6 meses, consiste em uma experimentação. Assim, o leite materno deve continuar sendo a base alimentar do bebê. O resto é complementar.

– Descoberta da comida: o BLW permite que o bebê utilize o seu desejo de explorar, de experimentar e de imitar as atividades dos outros. Assim, a criança define o ritmo de cada refeição e prepara-se para a transição para os sólidos da forma mais natural possível.

– Experiência completa: bebês que comem sozinhos têm mais do que apenas o sabor do alimento para focar – experimentam também textura, cor, tamanho e forma.

Dicas práticas para começar o BLW:

  1. Coloque o bebê sentado no colo ou em uma cadeira específica.
  2. Ofereça o alimento e deixe o bebê livre para manuseá-lo.
  3. Comece com alimentos fáceis de pegar, como palitos de cenoura.
  4. Faça com que o bebê participe da refeição familiar.
  5. Escolha momentos em que o bebê não esteja cansado ou com fome, para que ele possa se concentrar.
  6. Continue amamentando ou oferecendo a fórmula como antes. O leite ainda é a principal fonte de nutrientes do bebê, até o primeiro ano de vida. Quando ele precisar mamar menos, vai reduzir por si mesmo.
  7. Disponibilize água durante as refeições.
  8. Não apresse ou distraia o bebê enquanto ele estiver lidando com o alimento.
  9. Não coloque comida na boca do bebê e não tente convencê-lo ou forçá-lo a comer mais do que ele quer.

Adaptado do livro Baby-led Weaning: Helping Your Baby to Love Good Food, de Gill Rapley.

Já conheciam o método? O que acharam?

Eu gostei bastante e para mim fez muito sentido. Inclusive, começamos algumas tentativas com a Clara. No próximo post conto mais como está sendo o processo de introdução alimentar aqui em casa.

Páscoa sem chocolate: alternativas

Eu sou uma verdadeira formiga e adoro chocolate. Tenho que me controlar, pois sou daquelas pessoas que precisam comer até ver o fim.

Não consigo experimentar dois quadradinhos de uma barra, eu como a barra inteira em uma “sentada”.

Sendo assim, prefiro evitar de ter em casa determinadas guloseimas, até para não despertar o interesse do Vítor. Nós controlamos bastante a alimentação dele, especialmente em relação ao sal e ao açúçar, dois grandes vilões na cozinha.

De tal modo, a Páscoa aqui em casa não é mais sinônimo de chocolate. Até por uma questão de valores x consumo, o presente passou a ser um detalhe pequeno. O mais importante, o que procuramos realmente valorizar, é a confraternização em família.

Mesmo assim, algumas pessoas próximas perguntam o que poderiam dar para o Vítor, mais como algo simbólico. Pensando nisso, elaborei uma listinha com sugestões, que podem servir para outras famílias que buscam opções mais saudáveis para a Páscoa dos pequenos.

* Cesta de frutas

Vítor adora frutas. Bananas, morangos, peras, acerolas, enfim… o que aparecer pela frente. Tenho certeza que ele adoraria ganhar uma cestinha com frutas variadas, já lavadas, que ele pudesse comer na mesma hora. Seria uma festa!

* Cesta de produtos integrais

Procuro ter sempre em casa uma opção de lanche prático e saudável, como cookies integrais ou barrinhas de cereais. Não é uma alternativa para toda hora, inclusive pois muitos produtos industrializados, mesmo integrais, possuem bastante açúçar. Mesmo assim, é uma ideia diferente e interessante oferecer uma cesta com lanchinhos integrais.

* Coelho de pelúcia

Vítor ganhou no ano passado dois coelhos de pelúcia, como alternativa aos chocolates. Faz uma referência ao coelho da Páscoa e acaba sendo útil o ano inteiro, como brinquedo ou decoração do quartinho.

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E por aí, como é a Páscoa? Mais sugestões de lembranças alternativas?

Exemplo e alimentação

Meus pais não tomavam café da manhã quando eu era criança. Eu tenho dificuldade de comer quando acordo até hoje.
Meus pais não tinham o hábito de ingerir alimentos integrais. Eu não troco com naturalidade um pão branco por um integral.
Eu tenho foto com cerca de um ano e uma mamadeira de Coca-Cola ao lado. Atualmente, preciso me controlar para deixar refrigerante só para o fim de semana.

Enfim, a lista de situações é grande, mas acho que pelas três acima já dá para entender aonde eu quero chegar: somos o reflexo da aliementação da nossa família. Sim, pais são exemplos em diversos aspectos, entre eles no assunto hábitos alimentares.

Tendo isso em mente, percebi que chegou o momento do “ou vai ou racha” para mim. Com dois filhos pequenos em casa, não podia mais encarar a postura do “foda-se, a alimentação é minha e eu como o que eu quiser”. Não mesmo, a alimentção virou nossa, pois o que eu coloco na boca chama a atenção dos meus filhos, que vão querer o mesmo.

Quero que meus filhos comam salgadinho?
Quero que meus filhos comam fritura?
Quero que meus filhos tomem refrigerante?

Não.

Então eu não vou comer/tomar também.

O processo interno que me levou a toda reflexão e mudança de atitude no quesito alimentar é bem complexo. Vejam bem, eu nunca me considerei magra. Nunca, desde que eu me lembre, eu gostei do meu corpo e estive satisfeita com meu peso. Mas só agora, com um pouco mais de maturidade, percebi que a história vai muito além do peso, como nos mostra um documentário que foi um verdadeiro soco no estômago para mim (produção que, aliás, veio no momento mais oportuno possível para eu me fortalecer nas minhas escolhas).

De tal forma, assumi na minha casa uma postura diferente: cortei industrializados (como molho de tomate, sucos prontos, lanches congelados), reforcei o consumo de frutas, legumes e vegetais e troquei produtos como arroz, macarrão e pão por versões com grãos ou integrais.

Refrigerante já era raro, agora controlamos em todos os lugares que vamos. Fritura nunca fizemos, agora também evitamos em restaurantes e eventos. Bolachas recheadas e salgadinhos são coisas que o Vítor nem sequer conhece (e se depender da gente vai continuar sem experimentar por um bom tempo).

Somos radicais? Considero que não, pois existe uma flexibilidade e uma abertura para excessões. A questão é modificar a regra geral, para a consolidação dos hábitos.

É difícil? Sim, e muito, na minha opinião. É difícil reeducar o paladar, é difícil procurar novas receitas e alternativas, é difícil encarar horas na cozinha fazendo algo que dá para comprar congelado e jogar por 15 minutos no forno. É um exercício diário, que exige persistência. De qualquer forma, penso que vale a pena. Vale por mim, pelas crianças, pela nossa família. Vale pela qualidade de vida que podemos ter. Eu estou fazendo o investimento.

5 dicas para facilitar a hora do almoço

A gente almoçava fora todos os dias para conseguir agilizar o meio dia. Assim, eu podia ficar com o Vítor durante a manhã sem me preocupar com comida e louça. Mantemos o mesmo esquema no primeiro mês de vida da Clara (exceto logo que ela nasceu, quando o Fábio estava de licença e cozinhava).

No entanto, era um gasto que estava pesando no nosso orçamento mensal e decidimos voltar a almoçar em casa. Acontece que cozinhar com crianças por perto é sempre complicado. Esquenta água para o arroz, troca uma fralda, coloca a carne no forno, liga a televisão para o bebê e assim por diante. Então, seguem 5 dicas para tentar facilitar as coisas e ter sucesso na cozinha.

1 – Ter um cardápio: montar um cardápio semanal ajuda bastante, principalmente na hora de fazer a lista do supermercado. Aqui em casa o fixamos na geladeira, assim fica prático para marcar qualquer sugestão ou substituição.


2 – Adiantar alguns pratos: tento adiantar o almoço na noite anterior, quando o Fábio está em casa e pode me ajudar com as crianças. Hoje, por exemplo, montei uma lasanha. Amanhã esquento o arroz que sobrou da janta, coloco a lasanha no forno e escolho alguns legumes.

3 – Usar e abusar do forno: quer coisa mais prática do que colocar uma carne no forno e fazer um arroz rápido? Não dá trabalho nenhum e pode ser uma salvação em dias complicados com as crianças. Uma dica é colocar uma batata picada junto com a carne, eu adoro!

4 – Deixar a salada separada: procuro deixar o alface, por exemplo, separado folha por folha e já lavado. Os tomates também podem ficar limpos e prontos para servir. Assim não tem desculpa para não ter salada no almoço.



5 – Separar a louça: uma boa dica é deixar pratos, talheres e copos separados em um canto da mesa já na noite anterior. Para evitar pó ou contato com algum inseto basta colocar um pano de prato em cima. Na hora do almoço é só distribuir a louça.