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(10) e (11)

O projeto tá virando terapia, né? Cada dia um desabafo diferente, sobre um aspecto do meu dia.

Mas enfim, tá me fazendo um bem danado escrever e colocar para fora tantos fantasmas. São coisas que não tenho com quem desabafar, com quem conversar. Nenhuma das minhas amigas têm filhos e me sinto um pouco sozinha na selva da maternidade.

Porém, o post de hoje é um pouquinho diferente. Não vou relamar das coisas que não consigo fazer, das birras e do peito rachado. Hoje eu só quero me permitir (comecei de manhã, dormindo até as 11h com a Clara e o Vítor). Afinal, feriado tá aí, fim de semana também. E tem mais: olha as coisas fofas aqui de baixo. Viu só? Agora peraí que vou lá encher de beijo. Volto no domingo com um resumão do fim de semana, ok? Aproveitem também!



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(9)

A vida com dois filhos não é fácil, minha gente. Eu me sinto no meio de uma corda e cada um puxando para um lado. No entanto, a Clara sempre ganha a batalha, afinal, como meu vô diz, ela é um pequeno bebê carrapatinho.

Acontece que ela mama muito e tá sempre grudada em mim. Mas muito do tipo muitíssimo mesmo. Adora um leitinho da mamãe e está 100% no peito. Eu procuro não reclamar, pois é exatamento o que eu quero: minha filha sem mamadeiras e afins até quando ela quiser e crescendo saudável.

Só que acontece que amamentar demanda tempo, paciência, entrega. Não que eu não possa fazer nada enquanto amamento, mas jogar bola com o Vítor ou fazê-lo dormir é meio complicado, né?! Então, muitas vezes, é o pai que assume o controle. Não acho isso ruim, de jeito nenhum, considero importante o pai ter domínio da situação. Mas sinto falta de ter mais momentinhos com o Vítor, sabe? E tenho certeza que ele sente o mesmo, principalmente quando vai com o pai para o quarto dormir e começa a chorar chamando “mamãe”.

Sério, isso acaba comigo. Eu sei que é assim, que é uma fase, que com o tempo a Clara vai ter uma rotininha mais estabelecida e vou poder ficar mais com o Vítor. Eu sei, eu sei, eu sei. Mas nada diminui o que eu sinto agora.

Se eu reclamava na faculdade, quando a demanda de trabalho + aulas era meio freak, imagina agora. Definitivamente, eu preciso ser duas. Só polvo não adianta mais.

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(8)

Comecei o dia tirando o Vítor da cama às 9h30min para ver se o negócio entrava nos eixos aqui em casa. Fomos no pediatra e depois na casa da minha avó. A manhã passou rapidinho.

De tarde fiquei com a Clara e fui buscar o Vítor na escola às 18h. Ele estava feliz, animado, veio correndo me abraçar (ô delícia).

À noite eu estava envolvida em algumas coisas e não consegui dar muita atenção para o Vítor. Papai assumiu janta, banho e brincadeiras. Os dois rolaram no chão fazendo bagunça e eu comecei a ficar preocupada pensando que a criaturinha não ia dormir de tanta agitação.

Mas eu estava enganada: acho que a agitação fez bem e o cansou bastante, pois 21h30min ele foi dormir. Pegou logo no sono e para a alegria de todos não acordou em seguida, como estava acontecendo. Amém!

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(6) e (7)

O fim de semana chegou no momento certo. Eu estava cansada e estressada, precisando renovar as energias para conseguir começar bem a semana.

E assim foi: aproveitamos o sábado e o domingo para passear, estar com pessoas queridas e recarregar.

Tudo correu bem, exceto a hora de dormir, que se transformou em um caos nos últimos tempos. A Clara está com um pouco de refluxo e fica bastante incomodada à noite, então exige mais atenção. O Vítor sente e fica agitado. O que tem acontecido é que ele dorme às 21h, mas acorda logo depois (e daí não dorme tão cedo).

Isso deixa a gente acabado. Cada um fica com um filho em um quarto e assim vai… às vezes por horas e horas. No sábado eu achei que a noite não teria fim. Felizmente, no domingo o Fábio ficou com o Vítor pela manhã e consegui dormir um pouco mais.

O que temos feito para tentar organizar a hora de dormir é acordar o Vítor no dia seguinte. Se deixar ele dorme até 11h, então o chamo no máximo 9h30min. Não sei se tem funcionado, vou continuar agindo assim mais alguns dias para ver se entramos no ritmo.

Boa semana (e boas noites de sono) para todos nós!

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* Tem sorteio rolando na fan page do blog. Vale um kit com 3 ingressos para o musical da Galinha Pintadinha. Confere lá (:

Dica para o fim de semana: pista de papelão para carrinhos

A pista de papelão fez o maior sucesso aqui em casa. O Vítor adorou e brincou bastante. Ele até a levou para a casa da bisa, onde também tem vários carrinhos.

Para fazer uma você só precisa de uma caixa de papelão média ou grande (depende o tamanho que vai querer a pista), tesoura e canetinha (ou giz de cera).

O tempo médio para fazer é de 20 minutos. A única coisa chatinha é cortar o papelão, quando ele é mais grosso.




(4) e (5)

Dois dias extremamente cansativos e desgastantes.

A quinta começou sem água. Isso mesmo: fui abrir a torneira para escovar os dentes e cadê? Nem um pingo para contar história. E daí, como faz? Liguei para o marido e lá foi a família toda almoçar fora.

Depois o Vítor foi para a escola e passei a tarde com a Clara. Até aqui tudo bem, apesar de continuar sem água. O terror foi no fim do dia mesmo.

Pegamos o Vítor na escola e fomos na casa da minha mãe. Ele chegou todo animado, feliz de encontrar o vovô e a vovó. Começou a brincar no jardim até que a labradora dos meus pais o empurrou e ele caiu. Foi o maior chororô. Bateu a cabeça em um degrau e eu fiquei desesperada. Não sabia o que fazer: se o segurava, oferecia água, levava para o hospital ou ligava para o pediatra. Então o Fábio me olhou e disse pra gente ir direto para a casa do médico do Vítor. Foi o que fizemos.

Chegamos lá e ele logo nos atendeu. Viu o machucado e disse que não seriam necessários pontos (o que me aliviou profundamente – imagina fazer pontos em uma criança de 1 ano e meio, nem um time de futebol segura a criatura enfurecida). Receitou um spray e um remédio para dor.

Fomos para casa e seguimos com o ritual normal de toda noite: janta, banho e cama. Só que a história trancou no último item. Vítor dormiu uma meia hora e acordou. Depois, não teve santo que o fizesse pegar no sono de novo. Fiquei com ele até uma 3h da madrugada, quando finalmente dormiu.

Óbvio que mãe de dois não tem sossego por muito tempo e a Clara logo acordou. Amamentei e dormimos as duas até às 9h, quando ela chorou de novo (com cocô até o pescoço, deve-se destacar). Banho no baby e geral na casa. Em seguida, acordei o Vítor, que levantou animado.

Fábio chegou para almoçar e decidimos não levar o Vítor na escola, em função do machucado na cabeça. Maldita decisão! Eu nunca tinha ficado o dia inteiro com os dois (e vi que não levo jeito).

A tarde foi interminável. Vítor estava chatinho, só queria olhar o maldito Cocó (Cocoricó). Eu fiquei estressada, pois estava cansada e com muito sono. Não consegui fazer nada direito: nem cuidar dele, nem arrumar a casa, nem comer e muito menos ir no banheiro (necessidades básicas pra quê, né?).

Em resumo: terminei nervosa e gritei um monte com o coitadinho. Fiquei descontrolada e descontei tudo nele. Agora tô aqui, morrendo de culpa e de ódio de mim mesma.

Mas sei lá, tem dias que eu queria ser só eu, sabe? Egoísmo? Talvez. Mas eu sempre pensei só em mim. Daí de dois, três anos pra cá tudo mudou. Eu não sou mais o centro da minha vida… ganhei duas vidinhas que ocuparam o lugar.

Meus filhos tomaram todo meu tempo, meu espaço. Eu os amo muito e não me imagino sem eles, mas de vez em quando sufoca. Em um dia como hoje eu só queria poder ficar sozinha, dormir, ler, escutar música ou assistir uma bobagem na televisão. Renovar as energias comigo mesma.

Bom, era para ser um relato e virou um desabafo. Anyway, desejo um ótimo fim de semana para todos. E uma boa noite de sono pra mim, pois é tudo que preciso agora.

(Aliás, a água voltou na noite de quinta, caso possa interessar).

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Pobre menino que dorme em um colchão no chão

Ouvi a frase do título quando contei para algumas pessoas que o Vítor não dormia mais no berço. Nem cheguei a responder e expor a minha opinião para evitar prolongar muito a conversa, mas comecei a refletir sobre a alteração.

O Vítor começou a dormir no colchão no chão esta semana, mas já observei duas diferenças importantes:

– Na primeira vez ele acordou, saiu do colchão sozinho e começou a brincar, sem chamar a mãe ou o pai.
– Na segunda noite acordou no meio da madrugada e chorou. Fui até o quarto dele, deitei no colchão e ele pegou no sono do meu lado. Demorou um pouco, mas antes o único jeito de fazer ele dormir no meio da noite era no carrinho (e eu odeio ficar embalando, especialmente quando estou caindo de sono).

A ideia de tirá-lo do berço parte da vontade de que ele tenha um quarto todo pensado nele. Quero que o Vítor possa explorar o seu espaço livremente, sem barreiras de acesso (o berço é alto, por exemplo, e ele não consegue entrar e sair a hora que bem entender).

Então, a mudança de apartamento e a reorganização do quarto foram fatores que me incentivaram a colocar em prática o que já pensava antes. Não gastei nada para adaptar o quarto, apenas peguei um tapete que minha mãe tinha em casa.

Como o quarto era antes, no outro apartamento: sem tapete, com berço, trocador, armário de 6 portas e nada de espaço para o Vítor brincar no chão. Ele geralmente brincava na sala ou no cercadinho.

Como é agora, depois da mudança: o apartamento tem 3 quartos, o que facilitou um pouco. Assim, no quarto extra estão o armário e o trocador. Já no quarto do Vítor estão os brinquedos, todos espalhados pelo tapete, o colhão e o berço (temporariamente, até ele ser desmontado).

Fiquei muito feliz com o resultado, mas quem está curtindo mesmo é o Vítor. Agora, ele passa muito mais tempo no quarto. Além disso, volta e meia estamos todos lá, brincando juntos.

Vejam como ficou (e percebam que é tudo simples, que pouco – ou nenhum – dinheiro é apenas desculpa para não fazer uma mudança assim):






Leia também: Quarto do Vítor – Versão tapete de E.V.A.

(3)

No terceiro dia do projeto aconteceu algo incrível: eu usei rímel e gloss. Gente, eu repito (com exclamação): coloquei rímel e gloss para levar a Clara no pediatra e passar no trabalho para assinar alguns documento! Isso é uma evolução fenomenal para uma pessoa que até o início da semana usava pijama quase o dia inteiro. Eu me senti uma pop star. Imagina o que uma maquiagem completa não faria por uma pobre mãe com olheiras permanentes, hein? Tenho que investir mais nisso. Definitivamente!

No mais o dia foi normal, porém com um toque especial: faxineira. Sério, quarta é meu dia da semana favorito só por isso. É como se meu sonho de um botão auto clean para a casa inteira fosse verdade.

(Duro é acordar na quinta e ver que em menos de 24 horas metade do serviço já foi para o espaço…)

Leia também: A virada

(2)

O segundo dia do projeto foi muito positivo. Ainda não consegui cumprir todas as metas diárias, mas alcancei os objetivos no aspecto mais importante: filhos.

Vítor acordou animado e disposto. Brincamos no quarto dele, li uma história e depois ele assistiu um pouco de TV enquanto eu arrumava as coisas do almoço. No fim da tarde, quando chegou da escola, brincamos em família e nos divertimos juntos.

Geralmente ou eu ou o Fábio dá mais atenção para o Vítor, é difícil ficarmos os três juntos desde que a Clara nasceu. No entanto, ontem conseguimos um tempinho e foi incrível. Estava precisando disso para renovar as energias (:

Que comece o dia 3!

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A casa também é do bebê

Agora que nos mudamos aproveitei a oportunidade para deixar a casa mais acessível para o Vítor. Penso que os bebês e as crianças devem se sentir realmente parte da família. Para tanto, uma das etapas é fazer com que eles se identifiquem com o lugar onde moram e saibam que o espaço também é deles.

Sendo assim, aqui em casa o Vítor é livre e pode entrar em todos os cômodos da casa. Procuro não deixar nada quebrável ou perigoso (como remédios) onde ele alcança. Na cozinha ele só vai com algum adulto, para evitar que mexa nas gavetas ou no armário. No entanto, não tratamos o lugar como proibido.

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Uma ideia que coloquei em prática no novo apartamento foi deixar coisas do Vítor em diferentes peças da casa. Além de reforçar a identificação dele com o lar é uma estratégia que ajuda muito enquanto arrumo ou limpo a casa. Assim, ele pode me seguir e brincar com o que acha em cada espaço.

– Alguns brinquedos na estante da sala, ao alcance do Vítor:


– Foto dele com a gente na parte baixa da estante (ele adora beijar a si mesmo na foto):


– Livro de banho favorito no banheiro:


– Nosso quarto sempre tem alguns carrinhos espalhados:


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Como o Vítor anda pela casa inteira tive que escolher com cuidado o que colocar nas gavetas e nas partes mais baixas dos armários e das estantes. No escritório, por exemplo, preenchi a primeira prateleira do livreiro com caixas vazias de games. O Vítor pode mexer tranquilamente (e ele adora, principalmente quando acha um jogo de futebol, fica gritando “a bol, a bol”). A parte ruim é ter que juntar tudo mil vezes por dia, mas enfim, faz parte!