Arquivo mensal: dezembro 2011

Desejos

O melhor ano da minha vida começou com um chute na barriga. Talvez pelo barulho dos fogos ou por eu ter comido demais na ceia. Só sei que desde o primeiro segundo de 2011 o Vítor quis mostrar que estava ali, vivo e cheio de energia.

Embora os primeiros meses do ano tenham sido de constantes descobertas com a gravidez, posso dizer que o dia 10 de abril marcou um recomeço. Meu coração foi se enchendo de amor com a mesma velocidade que meus seios foram se enchendo de leite naquela sala de parto. Nasceu ali um bebê, uma mãe, um pai, uma família e um amor inexplicável.

Amor este que nos acompanhou a cada dia de 2011. Nos alegres, nos tristes, nos de desgaste extremo. Amor este que não deixa de crescer por um segundo sequer.

Que 2012 seja tão maravilhoso quanto este ano que está terminando. Que eu possa me renovar a cada sorriso do Vítor. Amém!

Teoria sobre casamento depois do bebê

Tenho uma teoria de que o casamento que sobrevive a gravidez, aos 3 primeiros meses do bebê e às crises de (complete conforme experiência pessoal, algumas alternativas: cólica, otite, nascimento dos dentes) tem tudo para ser eterno. O pensamento é baseado nas seguintes situações:

Gravidez: dividida em três momentos distintos.

– Primeiro trimestre: crise inicial. Vamos ter um bebê? Vamos ter um bebê! Vamos ter um bebê. Vômitos.

– Segundo trimestre: crise intermediária. Vou ficar gorda. Meu peito vai cair. Aparecimento das primeiras estrias. As roupas não servem mais. Vontade de comer o mundo.

– Terceiro trimestre: mais crise. Tenho que arrumar tudo. Mil compras. Mil loucuras com o chá do bebê. Pé de elefante. Rosto inchado. Quando vai nascer? Como vai ser o parto? Nova crise. O bebê não quer nascer. Azia. Falta posição para dormir. Ansiedade.

Bebê em casa: vontade de matar cada visita que chega. Choro indecifrável. Sono constante. (des)Entendimento com a amamentação. Baby blues. Noites sem dormir. Casa bagunçada. Crise. Sou mãe, e agora? Nunca mais vou ter um segundo de paz?

Crises: caos!

* Post com alto teor de verdade e viagens de uma mente confusa após trezentas horas tentando de TU-DO para fazer um bebê com febre e dentes superiores chegando dormir. Mas sim, amiga, se o teu marido/noivo/namorado/namorido/ficante/peguete vulgo pai do teu filho aguentou firme toda tempestade emocional relatada provavelmente é porque te ama MUITO.

Então que o fim do ano me pegou

Não teve jeito. Não consegui escapar do clima “o ano termina e nasce outra vez”. Subitamente fui pega por vontades contraditórias e sentimentos nostálgicos, além de pensar em uma lista de to dos para 2012.

Acontece que este ano foi totalmente novo para mim. Uma avalanche de descobertas. Lento e contínuo processo de adaptação a uma velha nova cidade. Sem falar em gravidez, parto, bebê, trabalho, estudo. Tudo junto. Ao mesmo tempo. Avassalador.

Certamente o processo de me tornar mãe foi o grande marco. É algo que reforçou tudo que acredito e tenho vontade de fazer. Que me fez perceber as sutilezas da vida. Que me fez melhor, pelo menos para mim e para a minha família.

Diante disto, o que espero para 2012? Amor. Quero poder fazer o que eu gosto e tenho vontade. De coração. Com um entusiasmo apaixonante.

Desejo o mesmo para todos que me cercam. Muitas emoções! E que venha o próximo ano! Depois da minha mini crise existencial natalina acho que estou pronta :]

Bebê no chão

Vítor ainda estava na barriga quando eu e o Fábio decidimos que queríamos uma família kit completo, com direito a mãe, pai, bebê e cachorro. A gente sabia que daria trabalho, mas era o nosso objetivo.

A primeira providência foi procurar um cachorro que se adaptasse ao nosso estilo de vida (leia-se: em apartamento). Era importante também que fosse um animal dócil e amigável, especialmente com crianças.

Decidimos pela raça Lhasa Apso e não nos arrependemos. O Dexter é extremamente carinhoso com o Vítor, mas ao mesmo tempo não é carente nem exige a nossa atenção o tempo inteiro.

No entanto, o que tem me preocupado é em relação à fase que o Vítor está chegando: o período de engatinhar. O motivo do meu receio nem é em função do contato entre bebê e cachorro, mas sim do estado do chão.

Em primeiro lugar nosso apartamento é todo revestido com piso, o que é frio para deixar o Vítor direto no chão. Não temos tapete, pois pai e filho são extremamente alérgicos. Além disso, o Dexter solta MUITO pelo. Não adianta varrer a casa todos os dias (inclusive mais de uma vez), sempre acumulam umas bolinhas de poeira com pelo + cabelos nos cantos. Um saco!

E daí, o que eu faço? Quero estimular o Vítor a engatinhar e sei que na cama não é a mesma coisa. Porém não consigo desencanar e deixá-lo no chão. Alguma ideia? Como foi na casa de vocês, mães de filho baby e de filho cão?

O presente

Uma sequência fotográfica praticamente auto explicativa. Baby cachorro e baby gente recebendo os presentes enviados pelo vovô, vovó, tia Érica e tio Marcos.





Porque ensinar sobre consumo é necessário, mas receber um presente assim, com cheirinho de saudade da família que mora longe, é uma delícia! Natal antecipado!

Compra solidária Klin

Sim, o Natal é uma data de consumo excessivo, mas de algumas coisas não podemos fugir. Uma delas, por exemplo, é de investir em produtos de qualidade e necessários.

Melhor ainda seria poder adquirir algo útil e assim ajudar outra pessoa que precisa, né? Pois então. É pensando nisso que a Klin está promovendo a campanha Compra Solidária.

Até o dia 20 de dezembro, a cada par de calçado comprado na Loja Klin outro par será doado para uma instituição de caridade. Serão cinco beneficiadas: Fundação Xuxa Meneghel (RJ), Fundação Cafu (SP), ONG Florescer (SP), Projeto Axé (BA) e Fundação Abrinq (SP).

Conheça a campanha AQUI e acesse também a Loja Klin.

Participe!


[publieditorial]

Batizado – parte II

Quando pego meus álbuns de fotos vejo milhões de imagens minhas, dezenas com minha mãe (que é daquele tipo bicho do mato) e uma ou outra com meu pai. Alguém arrisca o motivo?

Sim, meu pai sempre foi o fotográfo da família.

A pequena introdução é para justificar a minha ausência na maioria das fotografias do batizado do Vítor. Alguém tinha que registrar o momento, né? Dito isto aqui estão as imagens.


Com o papai


Cara de medonho com a bisa Ica


Com o padrinho Samuel e as madrinhas Paula, Rafaela e Édina

* A parte I AQUI.

Nós não somos pobres, somos sustentáveis

OU

Mais sobre consumo

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A frase do título foi uma pérola do Fábio. A gente estava conversando sobre Natal, presentes e consumo quando falei que éramos uma família sustentável! A relação dele foi imediata: “Então não somos pobres, podemos dizer que somos sustentáveis”.

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Na nossa casa é regra é simples: reaproveitamento. Não temos condições de encher o apartamento de bugigangas e produtos caros. Então, adoramos quando chega aquela sacola imensa de roupa usada do meu afilhado.

Posso dizer que não comprei NA-DA de móveis ou acessórios para o Vítor. Carrinho e bebê conforto do meu afilhado. Cadeirão e cercadinho da minha irmã. Berço, carrinho de passeio, cadeirinha de carro e babá eletrônica da minha prima. Demais itens, como armário e trocador, foram presentes do Natal passado, quando eu estava grávida.

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Uma das coisas que eu quero ensinar para o Vítor é que não precisamos de uma data para comemorar, para presentear, para fazer feliz quem amamos. Isto deve ser uma prática quase que diária. Surpreender as pessoas que estão ao nosso redor. Surpreender a si mesmo. E o mais importante: por vontade própria, nunca para mostrar o que somos ou o que temos. Mas por um desejo interno de ser feliz e fazer os outros felizes. Sem aparências. Sem máscaras.

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Beijos e bom fim de semana!