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Notícias rápidas

A dor no nervo ciático continua. Alguns dias mais fraca, em outros mais forte. Tem sido difícil trabalhar, principalmente por ter que ficar muitas horas seguidas sentada.

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Na consulta, a médica me receitou um remédio para dor. Eu tomei um dia, mas não me senti muito bem. Achei a medicação forte e preferi evitar. Fiquei um pouco tonta e a Clara agitada. Sem falar no sono que deu. Vou deixar apenas para quando o negócio estiver insuportável.

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Sobre o parto, ela disse que a dor das contrações deve disfarçar a do nervo. Será isso bom ou ruim? Tenho minha dúvidas.

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Agora notícias do meu gurizinho! Vítor está a mil. Corre, brinca, joga bola, quer estar sempre no chão. Fase delícia demais, não canso de repetir!

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Ruim é que ele continua mordendo os colegas. Terça teremos uma reunião na escola, vai ser uma oportunidade para conversar um pouco mais com a professora sobre a situação.

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Algumas pessoas me falaram que pode ser ciúme ou algo assim, em função da minha gravidez. Eu acho bobagem. Primeiro porque creio que ele não sabe exatamente o que vai acontecer em breve (a chegada da irmã). Tudo bem que ele pode sentir algumas mudanças, mas dimencionar o nascimento de um bebê que ainda está na barriga e morder os outros por isso? Acho que não. Segundo porque o comportamento tem sido bem pontual. Ele bate ou morde quando alguém pega um brinquedo dele ou quando o tiramos de algo que ele está gostando (se está jogando bola, por exemplo, e o pegamos para ir fazer outra coisa, como almoçar). Então vejo como uma defesa, algo natural e que deve passar.

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Não dei mais notícias aqui do concurso da Limetree! Quero agradecer muito quem votou no meu post. Consegui ficar entre os finalistas, infelizmente não levei nem o primeiro nem o segundo prêmio. De qualquer forma, vou receber uma bolsa e um livro pela classificação! Sem falar que muita gente leu meu texto, compartilhou histórias e se identificou. Só por isso já valeu, e muito!

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Boa semana!

Meu filho morde os coleguinhas

Eis que hoje chegou o bilhete que eu já esperava. “Mamãe, o Vítor está mordendo os coleguinhas”. Que novidade, penso eu. Se ele já devorava a mãe e o pai, imagina o que iria fazer com aqueles bebês, todos fofos e cheios de dobrinhas.

Na verdade, antes da irônia veio o sentimento “mãe de merda”. O que aconteceu com meu filho querido, amado e carinhoso? Foi trocado depois que fez um ano? Virou um pequeno monstro? Também imaginei a gente na pracinha e as outras mães apontando para meu filho e dizendo: “Aquele, o baixinho, ele é perigoso”.

Acontece que está difícil de lidar com a fase atual, das birras, dos tapas e das mordidas. A gente está sem saber o que fazer.

Para tentar achar uma solução liguei para a psicóloga da escola do Vítor, vulgo minha madrinha e vizinha. Ela disse que é normal, que é da idade. Comentou que é uma forma dos bebês se expressarem e que eles não fazem isso por maldade, como agressão.

Como orientação ela destacou que não devemos gritar nem fazer muito caso da situação. A melhor coisa seria conversar, dizer que faz dodói, que não é legal. Cem vezes. Mil vezes. Muito provavelmente um milhão de vezes. Mas insistir no papo cabeça, que uma hora vai passar.

Então tá, né? Vamos lá. E que ele não faça muitas vítimas até passar (tô pensando na pobre da irmã, quando nascer já vai levar uma bela dentada do mano, de recepção).

As férias que não foram férias

Volto de um período de férias bloguísticas não anunciadas. Férias que só foram férias do blog, já que além da vida virtual o negócio foi pegado. Estava envolvida com um trabalho extra que exigiu muito de mim, psicologicamente e fisicamente. Foram praticamente duas semanas só tomando banho e dormindo em casa. Mas o que importa é que deu tudo certo e acabou.

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O Dia das Mães aqui em casa foi comemorado um dia depois, já que domingo eu almocei com o Vítor e tive que trabalhar. Então segunda curtimos o frio e ficamos na cama até mais tarde, depois brincamos e matamos a saudade de passar a manhã juntinhos. Fazia um pouco mais de um mês que ele ficava o dia inteiro na escola. Foi algo temporário e inevitável. Agora retomamos nossa rotina gostosa e eu aproveito para começar a desacelerar.

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A pança tá pesando de vez. Diversas atividades estão bem limitadas. Fechei hoje 23 semanas, lembradas apenas porque liguei para marcar um exame. A secretária perguntou: “Quantas semanas”. Eu respondi: “Não sei”. Tive que pegar rápido um calendário e revirar na agenda para achar algumas anotações. Não faço questão de me apegar ao tempo. Sei que o bebê é para setembro e é o suficiente. Não quero cair de novo em neuras de ansiedade e pressa.

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E por falar no segundinho, ou melhor, na segundinha, eis que a moça já tem nome escolhido. Ela vai se chamar Clara, um sugestão da dinda. Nome que bateu e ficou. Nome que já veio com uma música que eu adorava quando criança e pedia para o meu pai sempre repetir enquanto a gente estava no carro ouvindo o CD do Lulu Santos.

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“Clara como a luz do sol
Clareira luminosa
Nessa escuridão
Bela como a luz da lua
Estrela do oriente
Nesses mares do sul
Clareira azul no céu
Na paisagem
Será magia, miragem, milagre
Será mistério”

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Clara, que ilumina. Que já nos iluminou.

Praia com bebês

Agora que fiz viagens diversas com o Vítor (pequenas, médias, de carro, de ônibus e de avião) já me sinto expert no assunto. Tanto que a ida para a praia foi muito tranquila. Na verdade o único porém foi que pela primeira vez o baby estranhou um lugar diferente e não queria dormir de jeito nenhum. Foi uma batalha. Meu pequeno genioso se jogava para trás, berrava e esfregava o rosto louco de sono, mas nada de adormecer. Depois de entupir a criança de leite, água, embalar, colocar no carrinho, ninar no colo e ouvir centenas de pitacos da bisa, que também estava com a gente, ele finalmente se entregou.

No entanto, pulando esta parte não podemos reclamar. Deu para curtir bastante, apesar de ter sido uma viagem de apenas dois dias. Abaixo algumas observações e como nos organizamos.

* Malas: como seriam apenas dois dias fora a meta era levar uma mochila de cada um (mamãe, papai, bebê). Porém, óbvio que as coisas do Vítor estrapolaram o espaço determinado e viraram três bolsas médias. Melhor assim do que correr o risco de se apertar, afinal fomos para uma praia pequena e sem muita estrutura (sem farmácia, lojas e supermercado perto, por exemplo). Sendo assim, o porta-malas ficou pequeno, considerando que levamos o carrinho mega blaster gigante junto, não o de passeio. Mas nada que um empurra aqui, aperta ali não resolvesse.

* Trajeto: a viagem da nossa cidade até o litoral dura cerca de três horas, sem considerar movimento. Como pegamos um pouco de trânsito em Canoas fizemos o percurso em quase quatro horas. Paramos apenas uma vez para comer, mas o Vítor não pediu nada. Tinha dado mamadeira antes de sair e troquei a fralda. Assim no carro não tivemos nenhum problema. De qualquer forma levei junto um lanchinho, para caso de emergência.

* No carro: Vítor não tem problemas com a cadeirinha e geralmente não chora nem reclama. Nesta viagem não foi diferente. Foi o tempo todo comportado, tirou duas sonecas e no restante do tempo ficou olhando os outros carros pela janela.

* Noite: levamos o carrinho para ajudar a fazer o Vítor dormir, porém não o deixamos ali.Ficamos em um quarto com uma cama de casal e uma de solteiro. A solução foi o Fábio pular para a de solteiro e o Vítor ficar na de casal comigo. Encostamos o box na parede e fizemos uma proteção com uma cobertinha. Assim não corremos o risco dele cair da cama.

* Praia: o plano era chegar na beira da praia o mais cedo possível, para evitar o horário de sol forte. Porém o máximo que conseguimos foi por volta das 9h30min, pois o Vítor brigou para dormir à noite, mas de manhã queria mais era ficar na cama. Enchi o pequeno com protetor solar fator 60 e lá fomos nós, ver o baby comer areia. E não é que ele adorou? Foi na areia, na água, destruiu os castelinhos da tia Rafa, provou milho verde e brincou até cansar.

* Alimentação: neste ponto não tivemos alterações. Meio dia ele comeu arroz e feijão com a gente e para a janta a bisa tratou de fazer uma sopa gostosa. Como sempre, Vítor mandou bem e devorou a comida (é bem meu filho mesmo, não nega nada!).

* Retorno: na volta o Vítor dormiu a viagem inteira. Três horas de uma soneca revigorante. Nada como cansar os filhos de tanto brincar, né?

Da magia do circo

Sempre gostei de circo (circo, não de palhaço). Desde pequena eu ficava fascinada com os malabaristas e trapezistas. Pensava em como eles conseguiam fazer tudo aquilo, transformar o corpo e a expressão em arte de um jeito único.

Lembro das idas ao circo com meu avô, quando tudo era permitido. Quer pipoca? O vô dá. Algodão doce? Pode escolher. Brinquedinho bigiganga? É só pegar.

Ele era o único da família que aceitava o desafio de se equilibrar em arquibancadas apertadas com a netinha no colo. Era no braço dele que eu escondia o rosto quando ficava com medo do Globo da Morte. Era com ele que eu compartilhava toda aquela magia do circo.

Fui crescendo e virei substituta do meu avó na tarefa de acompanhante de circo. Levei meu irmão, meus primos, minha irmã. E agora em novembro foi a vez de fazer a estreia do Vítor.

Ele chegou tímido, olhando surpreso para a lona. Ficou com fome e mamou no colinho da mamãe. Quando o show começou procurou os palhaços. Depois ficou hipnotizado com a música, a cor e o movimento do espetáculo.

Nem preciso dizer que vamos repetir muito o passeio. Afinal, quero que o Vítor tenha boas lembranças, assim como eu. Que ele consiga perceber toda magia só de ouvir um carro de som anunciando que o circo chegou. E ao fechar os olhos possa sentir o cheirinho nostálgico que acompanha todo e qualquer picadeiro.



Será que ele gostou? (Até sem camisa a criança ficou, 40 graus embaixo da lona!)

Das injustiças da vida

A menina brinca de boneca e escolhe com apenas 7 anos o nome dos filhos. Quando jovem baba nos bebês que vê pela rua e nunca resiste dar uma paradinha na frente daquela loja maravilhosa de roupinha de criança. Conforme vira adulta começa a sonhar com o momento de se tornar mãe.

Daí fica grávida e carrega aquele projetinho de bebê durante praticamente 9 meses na barriga. Fica sonhando com o rostinho do pequeno, arrumando com todo amor o quartinho, a mala da maternidade e todos os detalhes para receber o tão esperado filho. Então a criança nasce e é a mãe que sofre com noites em claro, choros intermináveis, tudo isso durante a recuperação do parto e o início da amamentação.

Acontece que o bebê cresce e começa uma fase mágica, de descobrir os pés, as mãos, o próprio corpo e todas as possibilidades de movimento. Ele interage, come, fica mais tempo acordado e dorme bem durante à noite.

Entre todas as novidades ele descobre a fala. Sim, imagina que coisa mais fofa do mundo um pequeno ser de apenas 7 meses tentando falar? Lindo demais!

Agora pensa bem: o que seria ainda mais fantástico? Que a primeira palavra dele fosse mamãe, claro. Sim, nada mais natural. Mas daí o que ele faz? Olha aqui:

Bebê adolescente

O Vítor virou um bebê adolescente e eu nem percebi. Largou a chupeta por conta própria, não quer mais deitar, só ficar sentado ou em pé. Fez uma tatuagem e colocou um piercing. Deixou de lado as sonecas e a hora de dormir virou um terror. Sair do banho é guerra. Chora, grita, se joga para trás. Revoltadíssimo! Chega a parecer endiabrado.

E eu? Fico louca. Nunca achei que um bebê tão pequeno podia fazer tanta birra. O negócio é fechar os olhos, respirar fundo e contar até 10.000. Vai passar, vai passar, vai passar (todas mentaliza!).

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E daí que hoje é o Dia da Criança. Não vou entrar na discussão de data comercial, estratégia de marketing e o diabo a quatro.

Quero apenas deixar uma lembrança pela data e um link para um texto da querida Dani, do Balzaca Materna. Diz muito sobre o que sinto em relação ao Dia da Criança.

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E hoje estou também no ‘A hora é agora‘. O blog é fruto do projeto experimental das alunas Laila Balsamão e Taís Maciel, que estão se formando no curso de Comunicação Social da UFMG.

Agradeço a Taís pela oportunidade de participar desse belo projeto. E não deixem de conferir a minha participação, ok? É só acessar por aqui ó!

A minha visão da maternidade

Antes de mais nada, observem que vou descrever a MINHA visão da maternidade. Essa, por sua vez, é baseada única e exclusivamente nas MINHAS experiências, sejam elas boas ou ruins. É algo totalmente pessoal e individual.

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Situações limite nos fazem refletir sobre muitos aspectos e algumas vezes nos impulsionam a tomar decisões importantes em frações de segundo. Elas nos testam e colocam a prova toda nossa convicção.

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Ontem antes de sair do trabalho eu liguei para minha mãe, que estava com o Vítor, para avisar que ela já podia levá-lo para minha casa, pois eu iria chegar em poucos minutos. O Fábio também teve que trabalhar até mais tarde e quando isso acontece quem fica com o pequeno é a vovó.

No telefone, minha mãe disse que o Vítor estava dormindo. Mais uma vez eu iria chegar em casa e ter que esperar para conseguir brincar uns minutinhos com ele. Tempo precioso, porque é a única hora do dia que ficamos juntos. Eu cansada do trabalho, ele com sono.

Daí que uma velha conhecida bateu na minha porta: a culpa. Por eu não conseguir ficar mais tempo com meu filho (não vou entrar na discussão quantidade x qualidade de tempo que os pais passam com os filhos, apenas queria poder ficar mais com ele e ponto). Por eu ter que depender de outras pessoas que ficam com ele (leia-se minha mãe e minha vó, que fazem isso com o maior prazer, porém, o filho é meu, não delas… um pouquinho daquele papo de tercerizar os filhos que rolou pela blogosfera materna, lembram?). Por eu chegar em casa esgotada (aqui entra a questão quantidade x qualidade de novo, pois se eu estou podre de cansada também não consigo estar inteira para o meu filho, certo?). Enfim, culpa por N motivos.

Larguar o trabalho não é uma opção, nem pelo financeiro, nem por vontade (ficar em casa o dia todo com a cria é ótimo, mas não pra mim). Então a opção que eu tenho é deixar o Vítor apenas meio turno na escola e flexibilizar as minhas manhãs. Decisão tomada ontem no caminho de casa, após o trabalho, quando a única coisa que eu desejava era chegar em casa e ganhar um beijo babado.

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Mas a vida não é um moranguinho. Quando chegamos em casa Vítor passou mal, vomitou muito e a suspeita é de uma virose. Madrugada em claro e um saldo de 6 pijamas, 2 cobertas, 3 toalhas, 1 sofá e 2 travesseiros vomitados. Sem falar nos 7 paninhos e na fuga do hospital (resumindo bem a história: era para ele fazer soro no hospital e ficar em observação, mas a mãe aqui, chata que só vendo, é contra procedimentos desnecessários, invasivos e abusivos, então depois de uma tentativa frustrada de furar a veia do filho pegou o pequeno e disse: vamos embora, simples assim). Mais uma situação limite. Outra decissão em um piscar de olhos. Esse é meu jeito de maternar. Sanguenozóio e faca na bota.

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Um complemento para o post: hoje eu e mais 5 blogueiras queridas (Tchella, Mari, Dani, Ro, Flávia) estamos lindas e glamurosas contando os segredos da maternidade! Tirem as grávidas e as tentantes da sala, pois vai começar o episódio da TV MMqD sobre o que ninguém nunca te contou sobre gravidez e vida pós-filhos!